O cultivo de soja está proibido durante dois meses em cinco microrregiões do Estado. São elas: Conceição do Araguaia, Redenção, Itaituba, Marabá e Altamira. A determinação faz parte da campanha 'Vazio Sanitário da Soja', que atende a Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentos (Mapa) e começou a valer na última quarta-feira, devendo vigorar até o dia 15 de setembro. O objetivo é controlar a ferrugem asiática, praga que pode causar perda de 30% a 75% da produção. Do dia 01 de outubro a 30 de novembro, a campanha irá se estender as microrregiões de Santarém, Paragominas, Bragantina e Guamá, que também ficarão proibidas de cultivar o grão por dois meses.
Atualmente, o Estado possui cerca de 300 produtores de soja cadastrado. No ranking nacional, o Pará se encontra em 14º lugar entre os produtores de soja, com cultivo anual de 201 mil toneladas em uma área plantada de aproximadamente 72 mil hectares. Apenas em Santarém, são cultivados 88 mil tonaladas do produto em 33 mil hectares.
Em 2001, com o surgimento da Ferrugem Asiática no Brasil, esses agricultores ficaram em alerta. O fungo provoca amarelamento e queda das folhas, ocasionando perda de 30% a 75% da produção. Alice Thomaz, engenheira agrônoma e gerente de pragas da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), conta que o Estado chegou a registrar três casos da Ferrugem, nos anos de 2004 e 2005. Porém, os prejuízos não foram maiores, já que a praga apareceu no final do ciclo de produção, quando os grãos já estavam formado.
O Liberal
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