Mais de cinco mil pessoas aguardam, há quatro anos, para conseguir o que é deles por direito: assumir seus cargos no Estado. São pessoas que passaram em concursos públicos e até hoje não foram nomeadas pelo governo.
Nesta terça-feira (11), o chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho, recebeu uma comissão desses profissionais. Durante a reunião, ocorrida no Palácio dos Despachos, Zenaldo ouviu caso a caso e deixou claro que este é apenas o primeiro passo na busca por uma solução para o problema. 'Esse momento foi histórico para nós. Pela primeira vez, conseguimos passar do portão da Casa Civil. Pela primeira vez, fomos ouvidos', disse o presidente da Associação dos Concursados do Pará (Asconpa), José Emílio Almeida.
Durante duas horas de reunião, os concursados expuseram ao chefe da Casa Civil algumas questões críticas, uma delas o prazo destes concursos públicos, alguns inclusivem devem expirar já este ano.
O caso mais grave é o concurso da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que vence no dia 20 de março e não pode mais ser prorrogado. 'Estamos desesperados porque ainda faltam 14 pessoas para serem chamadas e até agora nada aconteceu', enfatizou Ana Rita, que foi aprovada no concurso.
Denúncias - Defensores públicos que aguardam por nomeação denunciaram que dos 148 aprovados, apenas 57 foram chamados. E o mais grave: 'Existem 83 municípios do Pará sem defensor. Hoje em dia, um defensor tem que atender a população de três ou quatro municípios', lembrou José Emílio.
Zenaldo Coutinho expôs aos concursados as principais dificuldade que o Executivo Estadual enfrentará neste início de gestão. 'Estamos com um déficit de R$ 80 milhões só para este mês de janeiro e com uma dívida de R$ 750 milhões para este ano. Mas temos certeza que vamos superar esses problemas. Essa é fase inicial do governo, de diagnóstico, porém, estamos dispostos a encontrar o remédio'.
O chefe da Casa Civil afirmou que o governo já está fazendo o levantamento de todos os contratos temporários. Segundo ele, a regra será manter apenas os temporários que excepcionalmente precisam permanecer no cargo. Enfatizou, ainda, que o encontro de hoje foi apenas o primeiro com os concursados. 'Vamos marcar outras reuniões e vamos continuar seguindo esse caminho juntos', finalizou.
ORM
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