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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Blogueiro denuncia descaso a Indios doentes e seus acompanhantes

Texto extraído do blog Rastilho de Pólvora, assinado por Walter Azevedo Tertulino

A situação da promoção de saúde indigena ao Povo Munduruku é de total descaso e retrata mais um faz de conta propriamente que uma responsabilidade constitucional atribuida à antiga Funasa e até o momento Sesai e manhã não se sabe que sigla irá ser resonsavel pela promoção. Engraçado é que quando o personagem não emplaca muda sempre de nome. Em nossa região o DSEI-Tapajós, desenvolve essa ação gerenciando esse conflito em se promover a saude indigena com parcos recursos e até limitação de recursos humanos. A malária continua matando no alto Tapajós, a desnutrição causada por males e efeitos dessa morbidade assustam a população e ninguem faz nada.
O aparato de recursos humanos colocado a disposição do Distrito de Saúde, é diminuto, com escassos funcionarios nas aldeias, medicamentos insuficientes para contemplar a demanda, e com funcionarios mal remunerados e alem de tudo salarios atrasados, e muitos desses ja demissionarios vez que é constante o atraso.
Mesmo o quadro funcional de endemias colocado em apoio à saúde indigena, entre esses os funcionarios federais da antiga Funasa, serem dispostos e capacitados para guerrearem contra a malária, essa doença ainda assusta e mata em Terra Indigena pelo diminuto quadro de funcionarios, falta de estrutura em transportes e combustiveis e ainda para deixar a situação mais caotica é comum a falta dos medicamentos para combater a malária nas aldeias. Ja que sua distribuição dos medicamentos é privativa do Governo Federal não estaria faltando planejamento e maior empenho da direção do DSEI em evitar esse transtorno?
Não se pode atribuir especificamente a alguem esse descaso, mas ao se constatar que entre os servidores promotores da Saúde Indigena encontram-se pessoas de enorme apego aos seus trabalhos que são a Angela Regis que Chefia o Distrito Sanitário o dedicado servidor Nogueira que ja muito contribuiu com a saude indigena e que transita ainda nesse trabalho, algo de mais grave deve estar acontecendo para que essa situação de descaso e abandono dia a dia aconteça.
Torna-se necessario a Funai de Itaituba entrar nesse meio para ajudar a resolver esse cronico problema que aflige um povo e envergonha quem tem vergonha e responsabilidade com atividades de apoio aos indigenas. Deveria a Funai reunir com os promotores da Saúde, com MPF, e direcionar providencias para resolver essa situação, ou mesmo quais são as atividades institucionais do Organismo Indigenista Brasileiro? Faz muito tempo que a Funai nada faz e praticamente abandonou os indigenas do Alto Rio Tapajós, e o que preocupa mais, é que hoje a Funai conta com uma dezena de servidores indigenistas concursados outra meia dezena de comissionados ávidos por trabalharem na causa, e ao que se mostra na teoria é que a Funai está com um bom time mas que infelizmente ainda não entrou no campo.
Recebemos uma comunicação telefonica na manhã de ontem da parte do lider indigena Antonio Cosme mostrando o seu desespero ao constatar que quase uma centena de indios enfermos ou acompnhantes estavam passando fome em Jacareacanga na Casai (Casa do Indio) e poucos funcionarios não sabiam nem o que fazer para colocar comida na mesa. Isso é imponderavel, imperdoavel, crime mesmo, talvez a Funai que sempre foi a referencia principal para os indios e que poderia liderar conversações para se prevenir essa situação calamitosa, apos sua restruturação tenha outras responsabilidades constitucionais e que defender a causa indigena nessas situações não seja mais sua atribuição, e ai surge uma pergunta que não quer calar - Quem paga por isso?

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