O presidente da Associação dos Municípios da Transamazônica e Santarém-Cuiabá (AMUT), Roselito Soares, confirmou em entrevista à reportagem do Diário que já existe um projeto prevendo a construção de um linhão de energia elétrica entre os municípios de Itaituba, no Sudoeste do Pará e Juruti, na Calha Norte.
De acordo com Roselito, que também é o prefeito de Itaituba, as conversações com a Prefeitura de Juruti, bem como com a multinacional Alcoa, estão bastante adiantadas, tanto que no próximo mês de fevereiro os representantes da empresa devem reunir com o presidente da AMUT em Itaituba para discutir o projeto.Na visão de Roselito, a solução para o problema energético que a Alcoa enfrenta em Juruti é a interligação, por meio de um linhão, entre os dois municípios. “Nós já estivemos em Juruti, conversando com o prefeito Henrique Costa e com os gerenciadores da Alcoa sobre a possibilidade de nós puxarmos energia de Itaituba para atender tanto a população jurutiense quanto a Alcoa, pois hoje aquela empresa consome energia fornecida por motor a diesel”, declarou o presidente da AMUT. Ele lembrou que a energia consumida em Itaituba é proveniente da Hidrelétrica de Tucurui, portanto, é firme e segura, tanto que empresa produtora de cimento instalada naquele município consegue produzir uma média de 1 milhão de sacos do produto por mês.
E junto ao projeto do linhão, os dois municípios e a multinacional já projetam a construção da rodovia estadual PA-192 (Transjuruti) que vai ligar Itaituba a Juruti. “Nós acreditamos a possibilidade de implantação, tanto do linhão quanto da PA-192”, disse Roselito Soares, ressaltando que a presença da Alcoa em Juruti, bem como da fábrica de cimento em Itaituba, também justificam a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós que será composto por cinco usinas hidrelétricas, sendo uma para São Luiz do Tapajós, uma para Jatobá, outra a Cachoeira do Caí e duas para o rio Jamanxim.
Dados da própria AMUT revelam que além de municípios da Calha Norte, o Estado do Amazonas também tem interesse na construção do complexo hidrelétrico do Tapajós e do linhão a partir de Itaituba, pois alguns municípios do estado vizinho, como Parintins e Maués ainda consomem energia produzida por motores a diesel. E a própria Zona Franca de Manaus tem interesse na energia elétrica produzida no Pará, pois hoje somente a cidade de Manaus consome uma média de 1 milhão de litros de óleo diesel por dia para gerar energia elétrica.
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