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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Manobras arriscadas esquentam campanha

Extraído do blog "Perereca da Vizinha"

Desculpem voltar novamente aqui, mas prometo que é a última vez que interrompo a minha “desincompatibilização”.
É que acho importante deixar aqui algumas colocações, pra gente refletir.
Os petistas estão desde ontem a tentar o impossível: tapar o sol com a peneira.
Saltam de jornal em jornal e de blog em blog, a levantar dúvidas acerca dos números do Ibope, que deram a Jatene uma vantagem de dez pontos sobre a minha xará, a governadora Ana Júlia Carepa.
O problema é que as atitudes dos companheiros petistas acabam por desmentir o discurso.
Os programas da Acelera Pará sofreram uma clara mudança de tom: Ana apareceu mais humilde e as críticas a Jatene ficaram mais incisivas.
Ora, bater em adversário repentinamente – e não para demarcar território ou se defender de um ataque - indica claramente que se está a tentar fazê-lo cair.
Em outras palavras: que o incômodo provocado pelo adversário é tão grande, que vale até o risco de um ataque frontal.
Já a tentativa de mexer na imagem de candidato em plena campanha é ainda mais complicada: é manobra que só se justifica se o navio estiver, de fato, prestes a afundar.
Porque é como pegar um personagem e reescrevê-lo durante a encenação da peça: o distinto público nota – ah, se nota! E pode até vaiar...
E eu fico a pensar, cá com os meus botões: o que levaria os companheiros petistas a manobras tão arriscadas, se Ana e Jatene estivessem apenas “empatados”, como foi plantado em tantas notas pela blogosfera, e se inexistisse o risco de ele liquidar essa fatura ainda no primeiro turno?
O problema é que a pesquisa do Ibope não mostrou apenas Jatene dez pontos à frente de Ana.
Aliás, a maior dor de cabeça dos petistas não é nem mesmo a possibilidade de Jatene se eleger já no primeiro turno.
A questão central é a pesquisa revelar a forte probabilidade de que nem Dilma Rousseff consiga salvar a companheira Ana Júlia, mesmo num eventual segundo turno.
Um fato que este blog, aliás, antecipou, a partir de um mero exercício de lógica.
Dilma sobe decididamente, mas não consegue arrastar Ana Júlia, que caiu já durante a campanha – uns dez pontos, entre a pesquisa do Ibope divulgada em junho e esta agora.
O fato de 40% dos eleitores de Jatene votarem em Dilma deixa isso patente: o paraense se define por Dilma, mas não quer Ana Júlia; quer Jatene.
E nem a tentativa de colar Ana em Dilma e Jatene em Serra, que vem sendo realizada desde os primeiros programas do PT, parece ter a capacidade de reverter esse quadro – taí esses 40% “dilmo-jatenistas” que não me deixam mentir...
Por isso a mudança da atitude petista, a esquentar a campanha, apesar do discurso de “tranqüilidade”, que nada mais é, penso eu, do que a tentativa de segurar os partidos da aliança, para evitar um “salve-se quem puder”.
Sinal de que razão tinha mesmo um certo filósofo: a prática é, de fato, o esmagador demonstrativo da verdade.

2 comentários:

  1. Essa perereca vem dizendo isso há muito. Se acreditássemos nas suas postagens já estaríamos derrotados há muito, essa é a sua vontade íntrinsecamente amarela.Sua "desincompatibilização", tem sido afirmada, "para trabalhar na candidatura" do JATEVE, acessem seu blog e confirmarão a afirmativa, como acreditar em uma postagem dela? O medo de perder a eleição é maior?

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  2. Não entendo essa "perereca da vizinha", no dia 02 de julho, sob o título "Em clima de Campanha" ela postou em seu blog o seguinte:

    "Daí que a Perereca da Vizinha vai fazer uma pausa até novembro.

    Fui convidada para integrar a campanha de Simão Jatene ao Governo do Estado.

    Aceitei, com muita honra.

    E penso que não seria justo, em relação a todos vocês, continuar com o blog em tal condição.

    Aliás, também não seria prudente, já que vou trabalhar com informação e estratégia.

    Estou, portanto, me “desincompatibilizando” deste blog,...".
    Deu para entender? Acho que sim.

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