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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Prazo para justificar falta no plebiscito acaba hoje


A justificativa de votação para quem esteve ausente no plebiscito sobre a divisão do Pará se encerra hoje. Os eleitores que trabalharam, estavam doentes ou em viagem para outros estados no dia 11 de dezembro, data da consulta pública, tem o horário das 8 às 13h para se que livrem das pendências com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA). A multa cobrada após este prazo é de R$ 3,50.
O procedimento dura menos de 15 minutos e deve pode ser feito em qualquer cartório eleitoral do Pará. Em Belém, o eleitor deve procurar o Centro de Atendimento ao Eleitor (CAE), localizado na travessa Pirajá, entre Visconde de Inhaúma e Marquês de Herval. De acordo com o supervisor da CAE, Rodrigo Valdez, para justificar o não comparecimento às urnas é necessário apresentar documentos, como atestados médicos, em caso de enfermidade; faturas de cartão de crédito ou passagens para comprovar viagens ou ofício emitido pelo local de trabalho que confirme o plantão no dia do pleito. 'A maioria das pessoas está optando por pagar a multa. Muitos não têm ou não guardaram comprovantes. A CAE recebe os pagamentos durante o ano inteiro, o que vai acabar é o prazo para a justificativa', reforça.
Com pendências com a Justiça eleitoral, o cidadão não pode tomar posse em cargos de concurso público, emitir passaportes ou Cadastro de Pessoa Física (CPF) e nem efetuar inscrição para recebimento de benefícios junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No dia 9 de maio, uma quarta-feira, se encerrará também o tempo hábil para a emissão da 1ª via ou revisão do título e ainda para a transferência de domicílio eleitoral.
A emissão da 2ª via do documento poderá ser feita até 10 dias antes das eleições municipais, a 7 de outubro deste ano. 'As pessoas devem se dirigir ao CAE com antecedência, pois a tendência é que com a proximidade das eleições, o movimento aumente. Entretanto, não há necessidade para tumultos, uma vez que os serviços são ofertados durante o ano inteiro, inclusive naqueles em que não ocorrem eleições. Mas é importante também ficar de olho nos prazos', enfatizou o coordenador. Para obter mais informações, a CAE disponibiliza um número de telefone em horário comercial: 3276-9293.
Fonte: O Liberal

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sabedoria, justiça e responsabilidade devem conduzir o pós-plebiscito

Antes do plebiscito, já se sabia que a região metropolitana de Belém iria votar maciçamente contra a criação dos estados do Tapajós e do Carajás.
Quem negar essa afirmação estará mergulhando na infantilidade. A mesma infantilidade que também está levando algumas lideranças políticas a disseminarem ódio e rancor em nossa população, haja vista o resultado da consulta.
Não é assim. O momento não é de ódio nem de rancor. A maioria do Oeste paraense disse o que queria e a maioria deles idem. Infelizmente, o processo democrático é assim. A maioria deles é a maioria.
Agora, o caminho a ser traçado é o mesmo dos pais que não deixaram o filho sair de casa para trabalhar, se sustentar e fazer a sua vida. Já que vai continuar na casa dos pais, eles terão de arcar com as despesas do filho. Esse é o preço a ser pago.
Friedreric Nietszche dizia que quem mata monstros, um dia será um deles. E estamos vendo que ele estava certo. As mesmas pessoas que criticavam os ‘não emancipacionistas’, agora agem como eles, disseminando ódio e o rancor. Houve uma inversão de posturas. As manifestações de ódios só vão nos igualar a eles.
Os milhares de marketeiros das ruas de Santarém vão apontar enes erros e enes estratégias que poderiam ser traçadas para levar a vitória. Mas não existe um só culpado ou um só responsável pela vitória da maioria deles.
Mas agora é tarde demais. A preocupação maior foi cobrar posicionamentos de lideranças apontadas pela atual situação política quando o pulo do gato era convencer a maioria deles. Preocupou-se e perdeu-se tempo, tinta e raciocínio cobrando um ‘Sim’ estonteante do vice-governador, o santareno Helenilson Pontes. Mas o mesmo não foi feito com o deputado Antônio Rocha ou o deputado Júnior Hage, por exemplo. Como se o ‘Sim’ deles fosse automaticamente desencadear um resultado favorável. Não era isso. Perdia-se tempo precioso para convencer a maioria deles. Enquanto isso, pregava-se uma desunião em nosso próprio território. O caçador de monstro se transformava em monstro.
Será que agora se procura um culpado? Hoje, a Câmara de Vereadores aprovou uma moção de repúdio em favor de Simão Jatene e de Helenilson Pontes. Ainda se perde tempo com isso. O primeiro por não se manter neutro e o segundo por não fazer campanha para o ‘Sim’.
Ou seja, cobra-se a neutralidade de um e a imparcialidade de outro. Isso é o correto?
E se Pontes tivesse se envolvido na campanha? Certamente, o resultado seria o mesmo. Mas a Câmara de Vereadores de Belém não iria cobrar a neutralidade de Helenilson e a imparcialidade de Jatene.
O caso de Helenilson é só um exemplo de quê perdeu-se tempo com o desnecessário (centrar-se apenas na opinião dele). Quando em verdade a luta (debates de ideias) não era contra nossa própria gente e sim contra o distante, contra o vazio de informações que levou a milhares de paraenses a votarem no ‘Não’.
Não dizendo que isso foi ruim, a campanha ficou concentrada nas lideranças de Lira Maia e Alexandre Von. Mas garanto a vocês que se Helenilson Pontes, Antônio Rocha, Junior Hage, José Megale, Josefina Carmo e os prefeitos da Calha Norte, entre outras lideranças políticas, caíssem de corpo e alma nesta campanha, o resultado seria o mesmo e talvez até pior. O porquê isso escrevei em outra ocasião.
Agora que o plebiscito passou, o povo não pode ser usado como escudo. Precisamos de sabedoria, justiça e responsabilidade na condução do processo pós-plebiscito.
Blog do Alailson Muniz

Entendendo o recado das urnas...

O governador Simão Jatene afirmou ao Diário, que somente a união de todos os setores e grupos políticos, poderá mudar o cenário do Pará na busca pelo desenvolvimento do Estado.
Jatene comentou que somente um novo pacto federativo fará justiça aos Estados exportadores, já que as riquezas naturais beneficiam grandes grupos empresariais, mas não deixam benefícios para o povo paraense
O Governador também admitiu que apesar da divisão ser um desejo da minoria do povo paraense, isso não deve ser desconsiderado porque, segundo o governador, não é um movimento apenas de líderes políticos.

A Propósito do NÃO - Um plebiscito chamado embuste

Desde o início deste processo recente que finalizou com o plebiscito que definiria pela divisão territorial do Estado do Pará, sempre, manifestei-me no sentido contrário a esta divisão, sem, entretanto, negar a necessidade do SIM. Votei pelo SIM, como repetidas vezes manifestei-me, por necessidade.
A metáfora que tantas vezes acenei, no sentido de que cupim se combate com pesticida, não ateando fogo na casa, nunca poderia ser mais verdadeira. Pesticida para esta contaminação de péssimos administradores públicos se faz com VOTO. Outras tantas vezes comparei nossa realidade regional, em face da má qualidade da administração pública do Estado, como um câncer em estágio avançado em que único remédio - dolorido – seria a quimioterapia e a radioterapia: invasiva, destruidora, mas necessária para extirpar de vez este mal secular que nos aflige, onde este processo quimioterápico era o SIM: a divisão.
Ora, se tivéssemos políticos representativamente capazes de direcionar ações em nosso sentido, esta pretensão de divisão, mesmo que constitucionalmente garantida, não teria por parte de seus regionais o mesmo fervor que teve. O mais insípido deste processo é que o mesmo iniciou derrotado por questões meramente matemáticas para obtenção de um resultado positivo para o SIM. Senão vejamos:
Considerando a nova proposição da divisão, demograficamente estaríamos assim dispostos:

População (Fonte FPE) :

Pará – 4.6 milhões ( 62.16%)
Tapajós + Carajás = 2.8 milhões (37,84%)
Total – 7.4 milhões (100%)

Resultado Real do Plebiscito (fonte TSE) :

Não - 2.344.654 (66,08%)
Sim - 1.203.574 (33,92%)
Votos – 3.548.228 (100%)

Sem fazer muito exercício de inteligência, apenas pressupondo que o número de eleitores seja proporcional ao número de habitantes destas regiões; pressupondo que os interesses sejam comuns e que estas ditas populações votariam em face de seus desejos (e o Pará – com maior número de votos -diria em maioria quase unânime, NÃO) somente neste sentido teríamos em desfavor do SIM em torno de 1.8 milhões de diferença. Vejam nos números acima o percentual mudou quase nada, ou seja, meros 4 pontos percentuais.
Como dissemos, o desejo do SIM matematicamente nasceu perdendo. Ou alguém achou que seria capaz de mudar o outro lado ? Se a palavra correta para tamanha manifestação de incapacidade não é estupidez, seria qual mesmo ? Não era preciso fazer campanhas para angariar fundos para pagar marqueteiro, pois nenhum deles, mesmo o Sr. DUDA mudaria o óbvio. E não me digam que ele não sabia disto e que não projetou isto. Tudo não passou de barulho para ensurdecer ainda mais o “moco” eleitor e com isto capitalizar votos futuros de nossos rotineiros caça-votos de plantão.

Um plebiscito chamado embuste !

Ontem o Governador do Estado, Sr. Simão Jatene, após a esmagadora vitória do NÃO – absolutamente previsível - manifesta-se dizendo que preocupa-se com o estado de animosidade que este plebiscito causaria para sempre entre os paraense; pelo relativo ódio criando entre estas partes, hoje distintas, que formam um mesmo estado da federação; dizia ainda que mesmo que toda a receita do Estado fosse direcionada a estas regiões pretendentes à separação isto não resolveria no médio prazo nossos problemas regionais.
Entendo que agora, SIM, é a nossa vez de dizer NÃO. Não a estes oportunistas que aparecem nosso região uma vez a cada 04 anos, trazendo na bagagem a transmutação dos espelhos, fitas coloridas e outras bugigangas do gênero usadas pelos portugueses conquistadores, em forma de Bandas de Música Brega do mais baixo nível de qualidade, cerveja, bolas de futebol, cimento, telhas, antenas parabólicas e trocando isto por voto como nosso despreparado eleitor.
Agora é nossa vez de dizer NÃO ao oportunismo; chega de termos um vice-governador santareno já há dois mandatos consecutivos e que se nada servem, ainda atrapalham, como é o caso recente do Sr. Helenilson (jogando contra) e no passado recente, o Sr. Odair que nem conseguimos lembrar que não seja pelas trapalhadas e gafes espetaculares.
Estamos condenados pela própria democracia, que numa gangorra sem fim, em efeito cascata, produz políticos de qualidade zero, por um eleitor de qualidade mínima no contexto do todo. Vamos execrar de nossa região estes oportunistas da Capital, isto SIM é dizer NÃO. Temos poder de voto para eleger um sem número de Senadores, Deputados Federais e Estaduais, e, se qualificados, podemos mudar, não no médio ou longo prazos, mas imediatamente, a nossa realidade para a Saúde, Segurança e Educação.
Tanto brigamos pela divisão estadual, e, enquanto isto no âmbito municipal, cometemos os mesmos erros, pois, guardadas as devidas proporções, por aqui, no quintal de nossas casas, neste ambiente pequeno e ainda paroquial, não temos governabilidade de qualidade nenhuma.
Examinemos nossa consciência enquanto cidadãos desqualificados para o VOTO, este sim, capaz de determinar mudanças efetivas para nossa região. Elejamos profissionais qualificados para o exercício dos cargos eletivos e pelo caminho da meritocracia contratemos, via concurso, e demos planos de carreira àqueles que terão a gestão técnica para a coisa pública. Deixemos de lado este sentimento separatista substituto, em que o NÃO provou democraticamente nossa incapacidade sequer de somar dois mais dois, para atingirmos o objetivo principal que é a administração púbica de qualidade, afastando definitivamente estes fichas sujas de nossas vidas.
Agora, com a derrota anunciada do SIM, façamos do NÃO nossa arma maior para a erradicação desta bandidagem desqualificada e corrupta que nos gerencia há séculos. Tratemos agora com pesticida, quimioterapia e radioterapia do VOTO o fim desta praga chamada corrupção e ponhamos fim a este câncer em estado terminal, nossos políticos de carreira, seculares corruptos, devolvendo-nos a sanidade eleitoral.
O desejo da divisão nunca foi o foco da população. Trata-se de desejo estritamente político. Político partidário. Nunca vi ou ouvi nenhum de nossos profissionais da política manifestação alguma no sentido de mudanças; NUNCA ouvi do povo nenhuma manifestação eufórica neste mesmo sentido. Aliás, a bem da verdade, a população pouco ou nada sabia sobre o tema, e mesmo que soubesse; e mesmo que votasse unanimemente no SIM, mesmo assim, seríamos perdedores no resultado final. Proposta verdadeira que deveríamos ter ouvido e visto ao longo destes anos passados, seria a de elegermos em maior número nossos representantes e, este maior número, qualificado, também para o exercício da administração pública, o que NUNCA ocorreu !
Pouca vergonha !

Pedro Paulo Buchalle Silva .’.
Paraense
Advogado, Hoteleiro e Cidadão Brasileiro.

TSE: Números Finais - TAPAJÓS

TSE: Dados Finais do Plebiscito - CARAJÁS

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Filhos de Santarém?

Davis Fortunato Serruya

Dizia o poeta: “É este o Santarém de minha infância que quando ao longe aspira tua fragrância pelos olhos me escorre o coração”. Lembro de minha infância nos anos 70 a minha querida avó materna Fleuryce Matos Serruya que dizia ser um sonho dos santarenos o Estado do Tapajós, pois sua mãe, minha bis...avó, a então renomada educadora Santarena a ilustre mestra professora Agripina Matos falando em findar seus dias e não ver realizado o sonho de seus pais em ver criado o tão sonhado Estado do Tapajós; mais tarde ... Assim lia eu já no inicio dos anos 80 todos os domingos no Jornal Liberal em sua coluna que trazia sempre matérias falando e fazendo alusões, a nossa querida Santarém e região do tapajós tão sofrida, um dos grandes homens santarenos que tive o privilegio de conhecê-lo o jornalista Cléo Bernardo.
O que escreveria ele hoje a seus irmãos Santarenos? E o apaixonado politico Santareno Sr. Silvio Braga qual seria seus discursos hoje nos palanques? E meu tio avô José Maria Matos o que diria? Um dos poucos homens dignos e honestos que conheci. Qual canção ou poema a ser composta e cantada pelo imortal e querido nosso maestro Isoca? (Wilson Fonseca). E nossos grandes pintores artistas, cantores e escultores? Como seriam suas pinturas? Canções? Ou esculturas de um novo estado tapajônico? E meus avôs José Serruya e David Serruya, que com seus dons de comerciantes e suas visões de grandes empresários que faziam comercio em toda região em lentos barcos pelos rios da Amazônia levando e trazendo iguarias e mercadorias nos entrepostos entre Belém e Manaus? Pois não existia a Santarém – Cuiabá e transamazônica que ontem e hoje quase sempre intrafegáveis!
E mais recente, viva em nossas memórias, hoje se entre nós estivessem eles com suas visões de empreendedores, visão de comércio e destreza de gestão com grandes projetos modernos para nossa Santarém e região, homens e grandes empreendedores que foram Sr.Joaquim Pereira e Sr.Paulo Correa, o que diriam sobre a viabilidade econômica? E que estariam planejando e projetando a bem do progresso de nossa região? Penso e digo SIM, sim meus irmãos santarenos, espersos por todo esse imenso PARÁ, que é chegada a hora! “Santarém do meu coração...”, pois temos também um hino lindo! Diz a canção: “entre o rio e a verde mata o cantor faz serenata...” Nossos orgulhos que encantam a todos, nossas praias, nossas canções, nossos artistas, nossos cantores, enfim, nossas lutas históricas de um povo guerreiro e trabalhadores com seus inúmeros filhos ilustres que não fogem a luta. “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. “Pois todos os homens têm direitos aos bons ofícios!” Pois é chegada a nossa hora filhos de Santarém, filhos do Tapajós, é a nossa libertação da escravidão, SIM é hora de união e darmos as mãos, somar para poder multiplicar.
Por fim deixo meu manifesto a todos aqueles que ainda NÃO se manifestaram ou ainda estão em silêncio, alguns poucos isoladamente pensando em NÃO trazer o bem e o progresso para nossa região, pois muito me entristece ver essa negativa, SIM! Que ainda há tempo SIM, para juntos e unidos vivermos dias melhores em Santarém e nossa Região. “Não permita ò Senhor que ninguém goste mais do que eu de Santarém.” SANTARENO – TAPAJONICO

Arrogância, cinismo e hipocrisia...

por Ednaldo Rodrigues (*)

Arrogância, cinismo e hipocrisia, em vez de propostas, são as posturas mais evidentes que conseguimos extrair dos dois representantes do “não” contra o SIM 77. O plebiscito para criação dos estados do Tapajós e Carajás tem contribuído também para revelar a forma com que as elites da capital Belém tratam os paraenses empobrecidos, ou seja, com deboche, desprezo, preconceito e xenofobia.
Quando o Zenaldo Escrotinho e o Celso Burrinho dizem que somos meia dúzia de políticos, isso é uma mentira absurda e uma ofensa grotesca às lutas sociais de gerações que lutaram e lutam pela emancipação do Pará desde 1850, ora mais forte, ora mais tímida, mas esse ideal sempre foi perseverado pela nossa gente.
Em 2007, ajudei a coordenar um abaixo-assinado para a coleta de 500 mil assinaturas na região oeste do Pará, solicitando a aprovação do plebiscito. Esse documento está protocolado no Congresso Nacional e é do conhecimento do Zenaldo. As 500.151 pessoas que participaram do abaixo-assinado não são meia dúzia. Além disso, o projeto que o Congresso Nacional aprovou detém uma emenda com outro abaixo-assinado com 17 mil assinaturas em anexo.
No entanto, para mim, que faço parte da luta pela criação do Estado do Tapajós há 10 anos, trabalhando como voluntário, essa postura leviana não é novidade. Aos paraenses que não acompanharam a nossa luta jamais poderiam imaginar que em Brasília, nos últimos anos, o Zenaldo sempre nos humilhou, com a mesma postura autoritária e com a mesma cara cínica e arrogante.
Em Brasília, sempre lutou contra a realização do plebiscito, de forma covarde a traiçoeira, desarticulando a luta de pessoas humildes que não tinham mandato, mas pessoas honradas que sempre sonharam com dias melhores à nossa gente. Hoje continua usando de má fé o mandato para se promover. O Zenaldo sabe que a criação do Estado do Tapajós é irreversível, mas está aproveitando o momento para semear discórdia entre os paraenses e impor sua candidatura a Prefeitura de Belém e os belenenses nem se dão conta disso.
Quando o Zenaldo e o Celso nos tratam de forma preconceituosa, nos chamando de separatistas e esquartejadores do Pará, afirmando que estamos tirando toda a área territorial e as riquezas minerais do Estado, mais uma vez revelam que não nos consideram e nem nos respeitam como paraenses e demonstram total desprezo pelos mais empobrecidos e necessitados. Essas áreas também nos pertencem, pois temos direitos maiores, pois somos nativos da região e a nossa história fala por nós.
Esse plebiscito é uma oportunidade ao povo da região do Tapajós de reconquistar tudo o que nos foi usurpado pelos colonizadores da capital. A história antropológica da região afirma que antes da instalação da capital Belém já havia um povo nessa região que tinha a sua independência administrativa, mas com a invasão dos Portugueses tudo o que pertencia a esse povo foi usurpado pelos colonizadores e tanto Zenaldo como Sabino representam muito bem os colonizadores e os escravocratas, que historicamente oprimiram e continuam oprimindo o nosso povo.
Se existe alguém que precisa reconquistar territorial é a nossa gente e não a aleite política de Belém. Alias, é bom lembrar que com o lastro de nossas riquezas essa mesma elite política fez vultosos empréstimos internacionais para aumentar o patrimônio pessoal deles e construir obras faraônicas, que só beneficiam as elites da capital. O pagamento, no entanto, desses empréstimos é feito com os impostos de todos os paraenses, inclusive, dos mais empobrecidos do Tapajós, Carajás, Salgado, Marajó e pela periferia pobre da capital. É pra isso que servimos, Zenaldo? Para pagar a dívida de meia dúzia de folgados, como os políticos tradicionais e os empresários opressores da capital?
O posicionamento dos dois defensores do não, representa a manutenção do latifúndio que é uma herança cruel, centralizadora, concentradora e escravagista das Capitanias Hereditárias, inspirada no feudalismo. Zenaldo e Sabino representam os senhores feudais do século 21. Na visão deles, os mais empobrecidos do Pará somos os servos que só temos o dever de trabalhar para pagar os impostos e eles usufruírem. Nós não temos direito de lutar para melhorar a vida das pessoas que vivem abandonadas pelo Estado do Pará tanto na região oeste como no sul do Estado.
A postura dos dois deputados, que falam de forma cínica dos políticos, como se ambos não os fossem também, deixa muito claro o desprezo que eles têm pela luta secular de gerações, que vêem na criação do Estado do Tapajós, uma alternativa para oferecer mais dignidade aos paraenses que moram distante da capital Belém. Nos debates se esforçam de todas as formas para confundir a cabeça do eleitor menos esclarecido. Isso é desumano, cruel e covarde.
Zenaldo e Celso revelam que o minério e a área territorial do Estado, ou seja, o latifúndio são mais importantes que os problemas enfrentados pelos paraenses do interior e da periferia do Pará. Falam como se tudo o que há fosse propriedade do Parazinho. Falam como se a falta de médicos, segurança pública, infraestrutura, educação, falta de moradia, saneamento básico e outros serviços públicos não significassem nada. Isso significa a vida das pessoas e é pelas nossas vidas que os dois Pinóquio tem desprezo.
Infelizmente, o Pará não consegue atender as demandas sociais de seu povo, mas esse tema é ignorado e aos dois é natural crianças, idosos e grávidas morrerem por falta de leitos e de hospitais. É por tudo isso que eu digo a todos os paraenses do interior e da capital que estamos diante de uma oportunidade única. Precisamos votar SIM 77 ao Tapajós e ao Carajás e se realmente amamos o Pará, precisamos amar também o seu povo. Com a criação de dois novos Estados estaremos garantindo o futuro de nossos filhos e das gerações futuras.
Para finalizar, recordo que ontem o Zenaldo Escrotinho encerrou a sua apresentação teatral na televisão falando de sentimento pela área territorial, minério, bandeira e cultura do Pará. O que diriam a ele as mães que perderam suas crianças, no interior do Estado, por falta de atendimento básico; os filhos dos idosos que perderam seus pais por falta de assistência médica; os maridos que perderam suas esposas e filhos prematuros durante o parto por falta de leitos nos hospitais no interior do Pará e mais recentemente, na Santa Casa em Belém. Eles também não têm sentimentos por seus entes-queridos?
Pergunto ainda mais aos meus amigos internautas e também ao Zenaldo Escrotinho e ao Celso Burrinho: área territorial, minério, bandeira e a cultura do Pará têm mais valor do que a vida das pessoas? A união que eles nos propõem é essa? Vida digna as elites da capital e a morte aos nossos paraenses do interior do Estado? Essa é a repetição do velho filme que motivou a Cabanagem em 1835, quando as elites da Capital mandaram matar milhares de pessoas humildes do interior, que eles, os chamavam de Cabanos. É isso que pretendem fazer novamente se não nos rendermos ao julgo dessas elites conservadoras, autoritárias e cínicas? Eu refuto o sentimento falso do Zenaldo e, humildemente, peço a todos que votem NO DIA 11 DE DEZEMBRO SIM 77 AO TAPAJÓS E AO CARAJÁS.
A criação do Estado do Tapajós é uma proposta secular e que surge do verdadeiro sentimento do povo do interior, empobrecidos pelos colonizadores da capital, a elite, que nada tem haver com a grande população de Belém, que também é vitima desse poder que despreza o cidadão e aniquila o sonho de gerações e gerações.
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* Santareno, é jornalista e professor universitário

Momentos Decisivos

* Profº Adm. Jadir Emilio Fank

Está se aproximando o momento em que os paraenses poderão se livrar de tantos problemas. Será nesse dia 11 de dezembro, quando podemos, através do nosso voto, livrar-nos de décadas e mais décadas de abandono dos governantes, que somente pensam em seu umbigo. Abandono na saúde, na educação, na segurança pública, no saneamento básico, na ...,assim por diante. Quem mora na região do futuro Estado do Tapajós, sabe bem disso.
Os políticos sérios de Belém, nos debates promovidos pela imprensa televisionada, apenas sabem falar que a separação é coisa de meia dúzia de políticos interessados em algum cargo. Eles estão chamando todos vocês da região Itaituba, Santarém, Altamira, Marabá, paraenses de nascimento, da gema, e os paraenses de opção e adotivos, de mentirosos. Alegam que vocês não têm direito de sonhar, de ter vida digna, de ter educação de melhor qualidade, de ter saúde que condiz com as necessidades. De terem suas escolas e hospitais, que hoje não existem ou são ineficientes.
Sabem por que dizem isso? Por que não conhecem o Estado que falam que tanto amam. Talvez os dois representantes que defendem a não divisão, não conhecem a real necessidade da população daquela região. Não conhecem Jacareacanga e seu interior, não conhecem Itaituba e seu interior. Não conhecem Creporizão e o sofrimento de seu povo, que no período da chuva não conseguem se deslocar livremente, pois a rodovia estadual (uma das poucas da região oeste do Pará), estadualizada a pouco mais de um ano, não oferece a mínima condição de trafegabilidade, por falta de manutenção.
Também não conhecem Novo Progresso e seu interior, muito menos até a divisa com Guarantã do Norte no Mato Grosso, distante cerca de 2.200 km da Capital do Pará. Dos quais em torno de 1.500 km são de estrada de terra, sem pavimentação, com os maiores problemas possíveis, e ao longo de seu percurso vivem milhares de paraenses. Não conhecem Aveiro e seus problemas, onde o acesso é apenas pelo Majestoso Rio TAPAJÓS, que dará o nome do futuro Estado. O que falar de Castelo dos Sonhos, Alvorada da Amazônia, Cachoeira do Curuá, Mamãe Anã, Creporizinho, Vila dos Gaúchos, Base Aérea do Cachimbo, Novo Horizonte, Vila Izol (km 1000), Carro Velho, Moraes de Almeida, Riozinho das Araias, entre tantas comunidades. Estranham esses nomes? Nunca ouviram falar esses nomes? Não se preocupem, a maioria dos paraenses também não ouviram falar. Por incrível que pareça é PARÁ. Mas um Pará distante dos sonhos e da realidade do povo daí. A grande maioria da população dessa regiãonão conhece a capital de seu Estado, mas conhecem Manaus, Sinop e Cuiabá.
Mas isso não importa para esses políticos. Os políticos de Belém, pensam que o Estado se resume à Belém e região metropolitana. O importante para eles é que a BR 316 esteja em condições de levá-los as praias de Salinas, Mosqueiro ou para suas fazendas na região metropolitana. Se eles não se importam nem com povo da Terra Firme, Guamá, Bengui, entre outros bairros de Belém, pois os mesmos não têm água encanada, recolha de lixo, o esgoto é a céu aberto, que o direito a saúde é restrito, se à educação é de qualidade ou não, ou se as aulas são ministradas debaixo de árvores, como foi notícia nacional. Vocês acham que irão se importar com as demais regiões do Estado. O importante para essa elite é que tenham tudo do bom e do melhor, moram em condomínios de luxo, onde o valor do condomínio é pelo menos uma dezena de vezes maior do que a grande maioria do povo do Pará recebe por mês, de acordo com dados do IBGE. Pago com o nosso dinheiro, ou seja, o dinheiro do povo.
Se de fato esses “políticos lideres” pela união dos problemas do povo do Pará, amam o Pará e seu povo, como falam em suas propagandas eleitorais, deveriam apoiar a EMANCIPAÇÃO, das duas regiões e depois UNIR os três Estados, juntamente com os outros seis Estados da Região Norte, para lutar por mais recursos junto ao Governo Federal. Teríamos mais seis Senadores lutando pela região. Essa deveria ser a luta. Essa é nossa luta, a luta do povo. Respeitem isso e unem-se.
Pensamos nisso e votem certo nesse dia 11 de dezembro. 77 e confirme, 77 e confirme. Até a próxima.

* Diretor da Fac. de Ed. e Tec. da Amazônia – Abaetetuba – PA
Cidadão Itaitubense - Concedido pela Câmara Municipal de Itaituba

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

De onde vem o dinheiro, deputado?

Evaldo Viana (*)
* Natural de Alenquer, reside em Santarém, onde trabalha como servidor da Receita Federal do Brasil




Essa foi a pergunta que o deputado estadual Celso Sabino fez no debate sobre o plebiscito realizado na rede de televisão RBA (Bandeirantes) na noite de ontem (2) ao deputado federal Lira Maia, representante parlamentar da Frente Pró-Tapajós.
A pergunta poderia ter feito os olhos do deputado Lira Maia brilhar e levá-lo a exultar de contentamento, mas esse subestimou a malandragem do representante da frente Não-Tapajós e, não só perdeu a oportunidade de furar de gol a rede de Sabino, como ainda passou aos telespectadores a impressão que, de fato, criado o Estado Tapajós, este não teria como arcar com suas despesas correntes, menos ainda dispor de recursos para os investimentos e obras que o Pará tem nos negado ao longo de 300 anos e das quais tanto precisamos.
Desconhece o deputado Lira Maia as fontes de recursos dos estados membros? Não se sentiu seguro para falar com desenvoltura sobre a cota que nos cabe do Fundo de Participação dos Estados – FPE?
A pergunta, de singela e até generosa, embotou-lhe a inteligência e o raciocínio, subtraindo-lhe a capacidade de discorrer sobrer o Produto Interno Bruto -PIB do Tapajós e relacionar automática e instantaneamente, numa relação de proporcionalidade, com o montante de receitas próprias que o futuro estado poderá arrecadar?
Bom, o fato é que Lira Maia, com toda astúcia e experiência que a longa vida de homem público e parlamentar lhe proporcionou, não deu uma resposta satisfatória. Se não a deu, certamente é porque não tinha e se essa é a verdade, então, como entusiasta e apaixonado defensor do Estado do Tapajós que sou, e sendo ele meu representante parlamentar oficial nos debates, direi ao deputado Lira Maia, didaticamente, o que ele deve dizer quando Sabino voltar a lhe dirigir a pergunta acima.
Primeiramente, deve o deputado Lira Maia dizer ao deputado Sabino que a gestão dos recursos públicos obedece a alguns princípios orçamentários e o mais elementar e também basilar é o do equilíbrio entre receitas e despesas. Quer dizer: o tamanho das despesas públicas deve ter rigorosamente a mesma métrica das receitas. Essa lição já afasta aquela falácia de que o Estado já nasce com déficit orçamentário.
Na seqüência, Lira Maia poderia relacionar as fontes básicas de financiamento de todo estado-membro, que são o FPE, ICMS/IPVA, FUNDEB e SUS.
Sobre o FPE, poderia dizer que esse fundo tem previsão constitucional e objetiva promover o equilíbrio sócio-econômico entre os estados membros, o que significa que tem função redistributiva e deve, necessariamente, aquinhoar com mais os estados menos abastados econômica e financeiramente.
Como os 27 municípios do Tapajós hospedam 1.167.000 habitantes que terão, no primeiro dia de instalação do futuro Estado, a renda per capta mais baixa do Brasil, o Estado pelo qual lutamos será relativamente bem aquinhoado com uma boa fatia dos R$ 60 bilhões (2011) dos 21,5% do que o governo federal arrecada de Imposto de Renda (de qualquer natureza) e de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Poderia dizer o deputado, com absoluta segurança, que nossa cota de FPE orbitaria, hoje, em torno de R$ 2,52 bilhões.
Quem fez esse cálculo? Dois Analistas tributários da Receita Federal do Brasil: Manoel Jair de Medeiros Sampaio (um exímio conhecedor de transferências governamentais)e Evaldo Viana.
Quem, com nome e sobrenome, nos contestou ou apontou alguma inconsistência ou imprecisão no resultado? Celso Sabino? Zenaldo Coutinho? Rogério Boueri? Não. Não são donos de tanta coragem.
Então, deveria o deputado Lira Maia agarrar-se com fervor e devotada crença a esse montante, já que, ao que parece, não tem outro para exibir.
Pois bem, na seqüência, o deputado santareno deveria falar das receitas próprias (ICMS/IPVA) e asseverar que o nosso futuro estado tem capacidade, de arrecadar, a título de receitas próprias, pelo menos R$ 800 milhões. E explicaria: a arrecadação desses tributos guarda relação direta com a produção de riquezas no Estado (PIB) que, no caso do Tapajós, hoje gira em torno de R$ 8,5 bilhões.
Como as receitas próprias do Estado do Pará correspondem em torno de 9,6% do PIB, natural que o futuro Estado, mesmo que herde todas as mazelas, deficiências, defeitos e vícios da Fazenda Estadual, terá objetivas condições de chegar a resultados assemelhados, isso porque 84% de tudo que o Pará arrecada a título de ICMS provêm de produtos e serviços tributados segundo a sistemática da substituição tributária, conhecida como o método “mamão com açúcar” ou “melzinho na chupeta” de tributar.
Após, o deputado cipoalense só teria de dizer quanto é que temos de direito a título de FUNDEB (em torno de R$ 241 milhões, resultado da multiplicação de 123.000 alunos por R$ 1.960,00) e arremataria com nossa cota do SUS, que seria algo em torno de R$ 60 milhões.
Quanto é que dá? Uns R$ 3,7 bilhões.
E Lira Maia ainda poderia dizer com voz altissonante: “Veja, deputado Sabino, que esse montante não inclui um centavo de transferências voluntárias da União, até porque delas não precisamos, mas, se vierem, serão muito bem vindas e aplicadas”!
Bom, de posse desses números o nosso representante parlamentar poderia deitar e rolar ao dizer que R$ 3,6 bilhões são mais do que suficientes para destinar expressiva soma à Educação, remunerando e pagando bem melhor o professor do que hoje paga o governo do Pará; dotar os 27 municípios de estabelecimentos médicos estaduais e neles alocar médicos principalmente nos 12 municípios, onde os juramentistas de Hipócrates nunca botaram os pés; contratar efetivo policial militar e civil suficiente para amenizar a sensação de insegurança em todos os municípios; pavimentar todo ano pelo menos 100 km de rodovias estaduais e interligar por via terrestre todos ou os principais municípios do Tapajós (Altamira a Santarém pela Transuruará; Santarém aos municípios da Calha Norte, pelo Ramal do Cuamba; pavimentação da PA 254 e, por fim, destinar recursos ao Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública para contratar juízes, promotores e defensores públicos em número suficiente para atender o povo tapajônico.
Será que a nossa modesta contribuição pode ajudar o deputado Lira Maia a se sair melhor no próximo debate?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um dia para ficar na história

Santarém - A Rodovia Fernando Guilhon, na área urbana de Santarém (PA), ficou lotada de veículos e pessoas na tarde desta quarta-feira, dia 30. Nesse local aconteceu a concentração da grande carreata pelo SIM ao Tapajós. Nas cores verde e amarelo, o sentimento dos populares era festivo. As bandeiras expressavam o número 77. A numeração da vitória nas urnas, no dia 11 de dezembro, data do Plebiscito. Várias representações políticas do Oeste paraense estavam presentes no evento.
O grupo político do município de Terra Santa veio somar o desejo da nova Federação. A equipe chegou comandada pelo prefeito Marcílio Picanço, que destacou o favoritismo dos munícipes de Terra Santa pelo SIM e destacou, também, a importância do JN no ar em Santarém. “Desde ontem estamos em Santarém; Nossa comitiva está composta por alguns representantes do Legislativo, como os vereadores Miguel e Monique. Viemos representando o povo de Terra Santa. O plebiscito veio para chamar atenção de Estado, e agora para o País inteiro, através da mídia nacional vai mostrar os problemas pelo qual passamos. Por isso, Terra Santa vota SIM TAPAJÓS, vota SIM CARAJÁS”, declarou o prefeito Marcílio Picanço.
A carreata seguiu algumas vias públicas na área urbana com término na orla da cidade. Lá, a festa foi maior, todos os comerciários foram liberados para participar desse grande movimento em apoio ao Sim. Quem deixou de ir às ruas, a manifestação foi na frente das residências e das empresas por onde a carreata passava. Nessa luta, não tem idade, crianças, jovens e adultos participam dessa festa que não tem hora para acabar.
Segundo a coordenação, cerca de vinte mil pessoas participaram da manifestação pelo Sim. Considerada histórica, foi a maior carreata desde o inicio da campanha.
notapajós

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Comércio fecha 14 horas, em apoio ao Sim Tapajós‏

A Associação Comercial e Empresarial de Santarem, CDL, SINDILOJAS, SIRSAN E CACEOP, entendendo o momento histórico que passa nossa cidade e região, decidiram por unanimidade, orientar e facultar a todo o comércio de Santarem para que suspendam suas atividades comerciais as 14:00h de hoje liberando seus funcionários para que participem das atividades que serão realizadas em prol da criação do Estado do Tapajos.

Atenciosamente

ACES, CDL, SINDILOJAS, SIRSAN E CACEOP

Carlos Mota: " Quem quer dividir o Pará são paraenses"

Por Carlos Augusto Mota Lima (*)
É profesor Universitário, nascido e criado na capital do estado do Pará, paraense nato. É solidário com o povo do oeste e a favor da divisão.



A turma do não só aprendeu dizer uma coisa, aliás, duas: não e não. O que não dá pra entender é forma obscura como falam na campanha: Querem dividir o Pará, assim parece que quem quer dividir o Pará são alienígenas ou até um grupo de estrangeiros. Quem quer dividir o Pará são paraenses, paraenses de verdade, por uma razão simples; não aguentam mais serem tratados de forma tão desigual, com tanta iniquidade que culminou com o sentimento de divisão.
Cá entre nós, honestamente, não é possível administrar esse Estado com esse tamanho todo, portanto, dividir é uma forma de melhor administrar. Ademais, tudo é Brasil, ninguém é dono de nada, somos posseiros de nosso estado, tudo passa. Essa história de deixar só a cuia é coisa de paraense que só vai até Ananindeua (município colado a Capital), além disso, nós do oeste nem a cuia temos.
Tenho certeza que 98% dos paraenses não conhecem 0, 0001% do estado do Pará. Não conhecem ou sequer viveram por alguns segundos o drama de quem mora nessa região; digo isso por ter andado em quase todos os municípios do estado e 100% dos municípios do oeste do Pará, se as pessoas soubessem, de verdade, o sofrimento e a falta de infra-estrutura e desenvolvimento, tenho certeza, que não hesitaram em votar no 77.
Pense nisso, conheça um pouco do Pará, conheça a realidade do município que ficam distantes do centro administrativo, do centro do poder de decisões. Estamos a 900 km de Novo Progresso, viaje (de carro) de Santarém a novo Progresso e comente nas redes sociais (é Rally, se já fez tudo não precisa comentar), depois vá de barco de Santarém ao Município de Faro (são quase dois dias) e veja o que tem lá e a data de aniversário do Pará.
A sensação é de abandono, de que o tempo parou. Mas o que parou mesmo, de verdade, foram os investimentos. Pense nisso antes de votar.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Frente Pró-Tapajós intensica atividades

A Frente Pro-Estado do Tapajós dá continuidade as ações em prol do plebiscito. Nesta quarta-feira (30/11), as atividades iniciam com uma caminhada no Centro da cidade, com concentração na Garapeira Ipiranga, às 7h30, com o seguinte itinerário: Garapeira Ipiranga, Avenida Tapajós, Padre João, Rua 24 de Outubro, Rua Siqueira Campos, Garapeira Ipiranga, Lameira Bittencout, Travessa 15 de Novembro, Rua Floriano Peixoto, Travessa Otaviano Matos, Rua Galdino Veloso, Travessa 15 de Novembro, Rua Rui Barbosa, Avenida Barão do Rio Branco e chegada na Garapeira Ipiranga.
No horário das 8h às 11h, o Comitê Municipal do Santarenzinho, com a participação da comunidade vai realizar uma ação de colagem e adesivagem de veículos e motocicletas, na primeira rotatória da Rodovia Fernando Guilhon, no sentido Santarém/Aeroporto Wilson Fonseca.

CAREATA DO SIM

A Frente Pró-Estado do Tapajós realiza nesta quarta-feira (30/11), uma grande carreata. A concentração será na Rodovia Fernando Guilhon, esquina com Avenida Resistência, em frente ao Supermercado Gauchinho, às 14h30.

Itinerário:

Rodovia Fernando Guilhon, Viaduto, Travessa João XXIII, Avenida Bartolomeu de Gusmão, Avenida Jasmim, Avenida Frei Vicente, Travessa Tropical, Avenida José Agostinho, Avenida Rui Barbosa, Avenida Cuiabá, Avenida Tapajós e chegada na Praça São Sebastião.

Adendo ao percurso:
O Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES) realiza outra carreata, que integrada a grande carreata que vem pelo Fernando Guilhon, com seguinte itinerário: Avenida Icoraci e Avenida Magalhães Barata, até o cruzamento com a Travessa João XXIII.

Urnas são preparadas para o plebiscito

Quase 20 mil urnas eletrônicas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) vão ser utilizadas no plebiscito do próximo dia 11, no qual a população paraense decidirá a respeito da divisão do Estado. Somente em uma parte da Região Metropolitana de Belém (RMB) serão distribuídas 3.793 urnas. A entrega delas na capital, em Ananindeua e em Marituba começará a ser feita no dia 9, antevéspera da consulta pública.
A seção de logística de urnas eletrônicas do TRE-PA atualmente instala os softwares, testa e lacra os equipamentos que vão ser destinados à RMB. Para o interior, o mesmo processo já foi concluído. A expectativa é de que o serviço de verificação seja encerrado até o dia 3. 'Esta atividade faz parte de um cronograma. Durante o ano inteiro, até quando não há a eleição, é preciso que os testes continuem a ser feitos, pois não é recomendável que as máquinas fiquem paradas durante muito tempo. Pelo menos duas vezes por ano verificamos como está o funcionamento delas', ressaltou. A última zona de Belém a ter as urnas eletrônicas testadas será a 30ª, do distrito de Icoaraci.
O modelo de urna adotado na consulta é o de 2004, para a RMB, e de 2009, para o interior. As zonas eleitorais dos municípios começam a receber 14 mil equipamentos, no total. Para a capital, estão reservadas 2.793 e para Ananindeua e Marituba, 1 mil, mas elas ficam no depósito do TRE e são distribuídas somente 48 horas antes da votação. De todas elas, 16% são testadas para fins de reserva. 'Nós possuímos 900 equipamentos do modelo 2010, que recebemos recentemente, mas eles serão utilizados somente nas eleições municipais', disse o supervisor da seção.
O Liberal