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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guardador de carro é condenado por tentar matar colega em disputa de ponto

O Conselho de Sentença da 10ª vara, formado por sete jurados, acaba de condenar por maioria de votos, o jovem Breno Mark Brito Cardoso, 23 anos, pelo crime de tentativa de homicídio cometido contra Ralison Santos Rocha, 29 anos, fato ocorrido na data de 24/01/2007, em frente ao antigo restaurante Mamagaia.
O juiz Gérson Marra Gomes aplicou a pena de cinco anos de reclusão em regime semiaberto, mas não permitiu que o réu aguarde um possível recurso da defesa em liberdade, mandando expedir mandado de prisão preventiva contra o mesmo, que estaria morando fora de Santarém.
Breno e Ralison eram amigos desde a adolescência e dividiam a guarda dos veículos que estacionavam nas noites de quarta-feira no antigo bar e restaurante Mamagaia, no Carananzal, mas naquela ocasião Breno disse que queria guardar maior número de veículos do que seu companheiro. Como não houve acordo sobre a proposta, originou-se uma discussão e briga corporal entre os dois. Após serem apartados Breno saiu dizendo que voltaria para matar seu ex-amigo, mas ninguém acreditou.
Para a surpresa de Ralison ele cumpriu a promessa e, ao retornar ao local, armado de um revólver, disparou dois tiros contra seu novo desafeto, atingindo-o no tórax. A bala até hoje não foi retirada por estar localizada em uma área próximo ao pulmão onde qualquer cirurgia poderia ser arriscada, segundo relataram à vítima seus médicos. Ralison diz que ainda sente dores e tem problemas de respiração.
Breno foi preso em flagrante à época dos fatos e recebeu liberdade provisória quase um ano depois de preso. Mudou de endereço sem avisar o juiz e acabou tendo prisão preventiva decretada contra o mesmo. Apesar disso, havia a expectativa de que ele compareceria em plenário, o que acabou não acontecendo. Como foragido, foi julgado à revelia pelos jurados que acataram a tese do promotor público Rodrigo Aquino Silva. A defensora pública Emilgrietty Silva dos Santos apresentou as teses de Desistência Voluntária e Homicídio Privilegiado, sem sucesso.
A próxima sessão do júri será quinta-feira (25/11), quando serão julgados os réus Denis Welverton Silva Sousa e Albertino dos Santos Bentes, acusados de matar Julciney da Silva Gonçalves e Neris Fernandes Vieira em 2005, durante uma rebelião na penitenciária de Cucurunã.
Jota Ninos

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