Por três votos a dois, a 9ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu mandar a júri popular os pais da menina Juliana Bonfim da Silva, de 13 anos. Os pais, que eram Testemunhas de Jeová, foram denunciados por homicídio doloso por não terem autorizado transfusão de sangue na menina.
Os desembargadores Souza Nery e Nuevo Campos votaram a favor da absolvição do casal, enquanto os desembargadores Roberto Midola, relator do processo, Francisco Bruno e Sérgio Coelho mantiveram a decisão de 1ª instância para mandá-los ao Tribunal do Júri. A família ainda pode recorrer da decisão.
Além do pai, o militar da reserva Hélio Vitória dos Santos, de 68 anos, e da mãe, Ildelir Bonfim de Souza, de 57 anos, é réu no processo José Augusto Faleiros Diniz, de 67 anos, médico, amigo da família e membro do grupo de testemunhas de Jeová.
A menina sofria de anemia falciforme e morreu em 1993 em São Vicente, no litoral paulista. Na denúncia, o Ministério Público ressaltou que os pais recusaram a transfusão mesmo depois de receberem os esclarecimentos dos médicos do hospital.
O Globo
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