O Produto Interno Bruto (PIB) do Pará atingiu em 2008 o valor de R$ 58.519.000.000. O montante corresponde a 1,9% do PIB nacional e mantém o Estado como a 13ª economia do País. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o levantamento, a taxa de crescimento em relação ao ano anterior, que apontou R$ 49.507.144.000, foi de 4,9%. A evolução é superior a média da região Norte (4,8%), mas abaixo da nacional (5,2%). Na comparação com os demais Estados, o crescimento do PIB paraense entre 2007 e 2008, só aparece na 15ª posição. O Piauí é o primeiro, com expansão econômica de 8,8%. Já em relação a série avaliada entre 2002 e 2008, o Pará surge em nono, com salto de 36,6%.
De acordo com a pesquisa do IBGE, o Estado também mantém o sexto menor PIB per capita (dividido pela população) do País: R$ 7.992,71. Cenário pior só é encontrado nos Estados do Piauí (R$ 5.372,56), Maranhão (R$ 6.103,66), Alagoas (R$ 6.227,50), Paraíba (R$ 6.865,98) e Ceará (R$ 7.111,85).
O setor agropecuário, que participa com 7,1% do valor adicionado estadual em 2008, apresentou crescimento em volume de 0,6%. A produção vegetal contribuiu com volume de -6,8% enquanto a pecuária e pesca com crescimento real de 4,7%. A queda, em termos reais, da agricultura, silvicultura e exploração florestal decorreu, sobretudo, pelas reduções: de -15% na atividade de cultivo de cereais; de -14,8% na silvicultura e exploração florestal; e de -6,7% no cultivo de outros produtos da lavoura temporária. Apenas duas atividades agrícolas tiveram crescimento, o cultivo de soja (34,8%) e o cultivo de outros produtos da lavoura permanente (2,7%). Na produção animal, as maiores influências foram o crescimento de 3,8% da Criação de bovinos e outros, refletindo o aumento do efetivo de bovinos após dois anos de retração, e crescimento de 8,7% da pesca.
O setor industrial, com alta de 6,7% em relação ao ano anterior, em termos reais, representa 36,3% do valor adicionado total do Estado em 2008, ante 31,0% em 2007. Também ganhou participação na indústria nacional, atingindo 2,7%, 0,5 ponto percentual maior que o ano anterior. Todas as atividades industriais contribuíram positivamente em 2008, com destaque para Construção civil, 6,5%, e Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana, 17,4%. Contudo, foi a indústria extrativa com crescimento de 8,9%, que mais contribuiu para o resultado em volume do setor, já que participava com 20,7% do valor adicionado industrial e ganhou 17,9 pontos percentuais de participação em 2008. A indústria de transformação cresceu 0,9% em volume.
O setor de serviços, com crescimento real de 4,1% em seu valor adicionado, perdeu participação para a indústria, representando 56,6% do valor agregado em 2008 contra 60,5% em 2007. A atividade de intermediação financeira, seguros e previdência complementar e serviços relacionados com crescimento real de 13,5% e serviços prestados as empresas com 7,3% de volume, influenciaram positivamente o resultado. O comércio e serviços de manutenção e reparação cresceu 3,5% e contribui com cerca de 22,1% do valor adicionado de serviços do estado em 2008.
O liberal
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