Como o número de denúncias contra o serviço oferecido no Hospital Municipal de Santarém (HMS) é cada vez maior, o Ministério Público do Estado (MPE) segue um processo para a investigação do problema. O órgão está com duas frentes de ação: uma cível voltada para as reclamações quanto à qualidade do atendimento e relacionadas à higienização hospitalar e outra voltada à área criminal, que apura denúncias de crime de omissão de socorro.
Segundo o promotor do MPE, José Menezes, os problemas encontrados no HMS e que foram denunciados pela população ao MPE não são recentes. “Essa situação já era de conhecimento do órgão em razão de uma consulta pública realizada no primeiro semestre. Essa questão da saúde passou a constar do plano de atuação do MP ainda este ano”, revela.
“Por conta disso o Ministério Público tem feito algumas inspeções e vai continuar com essas inspeções visitando hospitais, postos de saúde no interesse de identificar essas deficiências e enfim cobrar das autoridades e dos setores responsáveis”, garante o promotor.
Para o responsável pela saúde em Santarém, a população deve reconhecer os seus direitos e denunciar as irregularidades. “Na hora que um funcionário nosso, seja ele médico, seja um técnico ou enfermeiro, não tratar bem o paciente ele tem que acionar a secretaria e se quiser a justiça. Nós não nos importamos com isso para que realmente a gente possa verificar se essa conduta foi irresponsável ou não”, declara o secretário de saúde do município, José Antônio Rocha. Segundo ele, o atendimento mensal no PSM ultrapassa 15 mil pessoas, ‘então com certeza aqui ou ali, sem dúvida houve pessoas que não foram atendidas da forma como desejaram e procuraram a justiça, que hoje tem uma acessibilidade muito grande’, explica.
No processo de investigação, além de José Antônio Rocha, mais de vinte pessoas foram ouvidas.
NoTapajós
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