Helenilson Pontes |
O Blog foi falar com o vice Govermador Helenilson Pontes. Porque além do cargo, o que se escuta aqui e acolá são os elogios a figura do moço - 39 anos e a espera da filha mulher que deve chegar em dezembro.
Helenilson é advogado, quase disputou a prefeitura de Santarém pelo PMDB e foi alçado a posição de candidato a vice de Jatene pelo PPS.
Uma figura nova portanto no cenário politico, mas que vem conseguindo se destacar pelo que a classe politica chama de competência.
"Preparado" é a palavra que secretários desse governo mais usam para se referir a Helenilson, um cara que vem ganhando espaço no Governo, onde foi escolhido para ser um dos cinco super secretários.
Ele falou com exclusividade ao blog na ultima sexta feira.
BLOG - Além de vice governador, você é um dos cinco super secretários, como é seu trabalho na pasta?
Não existe esse negócio de super secretaria, o que existe é uma forma de gestão que facilita a administração do Governador e cria uma interlocução entre secretários e gestores com Jatene mais fácil. Imagina o Governador o tempo todo ter de despachar com sessenta, setenta gestores, as secretarias especiais servem para facilitar isso, além de ajudarmos nas gestões das secretarias e órgãos sobre nossas asas, somos um elo, um condutor das demandas junto ao Governador. Eu tenho aqui 11 veiculadas, como por exemplo a Sefa, Banpará, Prodepa, Administração, Previdência e outras mais.
Mas entre nós não existe essa hierarquia , o Secretario Especial é mais um articulador, um facilitador, uma ponte com o Governador.
BLOG - Você não acha que tem muita gente no Governo?
A máquina é grande, as Secretarias precisam de estrutura de pessoal para funcionar bem, claro que aqui ou ali podemos sempre melhorar.
Somos cerca de 70 órgãos entre secretarias, empresas públicas, o estado é grande e temos de dar suporte de pessoal para que todos os órgãos funcionem bem.
BLOG - Por falar em estado grande, e a divisão do Pará? Como se administra uma posição pessoal de uma institucional?
Separando a ética da convicção. Tenho que respeitar o cargo que ocupo, tanto eu como o Governador fomos eleitos tendo votos de todas as regiões do estado, de gente que é contra e gente que é a favor da divisão. mas eu sou vice Governador do Pará e tenho de agir como tal.
BLOG - E o pessoal do Tapajós, de sua região, não cobra um posicionamento ?
Cobrar cobra, mas eles sabem que não vou ceder ao oportunismo político e é claro que os adversários estão aí para explorar esse momento.
Fui eleito governador, já assumi o governo umas seis vezes, então não posso ser um oportunista, tenho de ter uma postura de magistrado, como aliás o Jatene vem fazendo muito bem.
O elemento jurídico aplicado a Ele é o mesmo aplicado a mim, então na minha visão temos uma limitação ética com isso. Imagina eu fazendo campanha Pró Carajás, Tapajós, usando o avião do estado para ir em uma reunião em uma cidade qualquer, isso seria irresponsabilidade, inclusive sujeito a penalidades da lei, improbidade administrativa no mínimo.
Vivemos um momento único, em que os moradores desse estado vão decidir de forma democrática o que querem, posso ter eu minhas convicções pessoais, mas o cargo que nesse momento ocupo exige uma postura que não permite, não da espaço para esse tipo de convicção, temos de ser responsáveis.
E seja qual for o resultado do plebiscito, mantendo-se o Pará do tamanho que é ou sendo menor eu continuarei sendo vice governador do estado.
BLOG - O Governador pediu para que o senhor tivesse algum tipo de posição sobre o plebiscito?
Nunca, claro que já falamos sobre o assunto, mas pedir isso ou aquilo jamais ele pediu.
BLOG - O estado esta em dificuldades financeiras?
Pegamos esse estado com 700 milhões de divida corrente. Alem disso tínhamos um desequilíbrio entre receita e despesas de custeio.
São duas coisas, uma divida com fornecedores e um desequilíbrio entre o que se recebia e se gastava.
O governo anterior pagava as contas com empréstimos, faltava dinheiro e eles iam lá correndo e faziam mais empréstimos, uma irresponsabilidade sem tamanho.
Quando assumimos diminuímos os custos para equilibrar a máquina, hoje já temos um equilíbrio do ponto de vista orçamentário.
BLOG - E a arrecadação ?
O Pará tem problemas crônicos, a tributação da mineração, a desoneração das exportações, tudo isso dificulta as coisas. O governador já foi no Congresso discutir a questão da distribuição dos royaltes, e estamos estudando alternativas sobre a questão da mineração outro problema é a lei Kandir, onde os governadores estão discutindo essa lei e buscando alternativas, com forte atuação do nosso Governador.
Nos royaltes do pré sal estamos buscando a redistribuição disso, se isso acontecer teremos um incremento importante de arrecadação.
Temos a questão do ICMS, buscamos que a alíquota venha menor, estamos incentivando essa discussão no Senador.
Todos esses problemas são federais, mas recaem sobre o nosso estado. Estamos articulando, tentando criar musculatura com outros estados para termos força e mudar o que tem de ser mudado.
BLOG - Mas a impressão que temos é que vários estados brigam, lutam para captar empresas, fabricas, e isso parece que não ocorre por aqui
Acho que temos que fazer mais, estamos buscando isso, agora mesmo estou estudando um regime fiscal melhor. Nesse foco de trazer empresas novas para o estado acabamos de criar uma diretoria de atracão de novos negócios ligada a futura Secretaria de Industria, Comércio e Mineração, que também tem esse objetivo e está para ser aprovada na Assembleia.
BLOG - O Governo não vai enfrentar de uma forma mais firme a questão desse minério que sai do nosso estado e deixa tão pouco aqui?
Não só vamos enfrentar como já estamos. O Governo vai propor um novo projeto na Alepa justamente com esse objetivo, nos próximos dias, mas que no momento não posso adiantar mais detalhes, mas que vai nessa direção.
Temos que rediscutir isso e ao que pese toda a legislação federal que nos amarra, encontramos espaços, por menores que sejam, onde podemos intervir e buscar uma melhor condição para o estado nessa questão.
BLOG - Vale o que me falou, que não será candidato a prefeito de Santarém?
Claro que vale, não sou candidato não mas já tenho um, o deputado Alexandre Von, que inclusive li em seu blog que também é o candidato do governador.
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