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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ministério da Ciência e Tecnologia garante apoio à criação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós

O Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, vai dar todo apoio ao Governo do Pará para a criação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. A informação foi dada hoje durante reunião entre o vice-governador e secretário especial de Gestão do Governo do Estado, Helenilson Pontes, com o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloísio Mercadante. O ministro anunciou, inclusive, que estará em Belém e Santarém nos dias 7 e 8 de dezembro anunciando o apoio do Governo Federal ao projeto.
Ministro Aloísio Mercadante e Sec. Gestão Helenilson Pontes
Numa das reuniões mais produtivas já realizadas em Brasília, o vice-governador e a comitiva paraense ouviram do ministro a garantia de apoio não só ao Parque do Tapajós, mas à implantação de uma série de outros projetos que, segundo o ministro, “gerem desenvolvimento econômico e tecnológico e empregos para a população amazônica”. O projeto do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, com sede em Santarém, é um projeto estratégico, sintonizado com as prioridades do Governo Federal, disse Mercadante aos representantes do governo paraense presentes ao encontro, realizado na sede do Ministério da Ciência e tecnologia, na Esplanada dos Ministérios.
À reunião, estavam presentes, além do ministro Mercadante e o vice-governador Helenilson Pontes; o senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA); o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alex Fiúza de Mello; o secretário de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, Sérgio Bacury; o reitor da Universidade Federal do Oeste Paraense (UFOPA), José Seixas Lourenço; o Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério, Carlos Nobre e; o diretor do Departamento de Políticas e Programas Temáticos do Ministério, Carlos Alfredo Joly.
Abrindo a reunião, os membros da comitiva paraense entregaram ao ministro o projeto completo do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. O ministro recebeu a documentação e, de imediato, garantiu o apoio do Governo Federal ao projeto. Em seguida, começou a falar de outros projetos do governo e seus parceiros para a região do Tapajós, como a implantação de um centro tecnológico do SENAI e um centro tecnológico da Vale. O Instituto Butantã já está presente na região, disse o ministro, mostrando que a região do Tapajós tem potencial para abrigar projetos que envolvam ciência e tecnologia. O centro tecnológico do SENAI, segundo o ministro, terá como base de apoio o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia, Cimatec, importante suporte para a formação de profissionais qualificados para atuar em processos industriais automatizados, com alcance em áreas de ponta. Mercadante falou ainda sobre a proposta de criação de “cinturões digitais” de fibra ótica para impulsionar parques tecnológicos na região de Santarém. “Basta que a bancada paraense apresente emendas nesse sentido e o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia será total”, afirmou Mercadante. O ministro sugeriu ainda que os representantes do Governo do Pará conheçam um projeto de piscicultura envolvendo o pirarucu, desenvolvido na região do Mamirauá, no Estado do Amazonas. O Pará precisa de um projeto igual, disse Aloísio Mercadante.
Durante a reunião, o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alex Fiúza de Mello, manifestou preocupação com a exploração racional da água doce amazônica. Fiúza disse ao ministro que a Amazônia precisa de projetos para otimizar essa exploração racional. Qualquer país sério, dono da maior bacia de água doce do planeta, precisa desenvolver uma “economia das águas”, disse Fiúza, fornecendo esse bem ao mundo e obtendo vantagens com esse fornecimento. O ministro pediu ao secretário que crie projetos nesse sentido para que o Ministério possa garantir apoio já a partir de 2012. O reitor da UFOPA, José de Seixas Lourenço, disse ao final da reunião que estava feliz com o apoio do Ministério da Ciência e tecnologia ao projeto do Parque Tecnológico do tapajós. Já havíamos garantido o apoio do Governo do Pará, que assinou no dia 20 de junho um acordo de intenção para a criação do Parque. Agora, com o apoio do Governo Federal, o Parque é cada vez mais uma realidade, disse Lourenço.
O vice-governador Helenilson Pontes, avaliou a reunião como “além de nossas melhores expectativas”. Segundo ele, o encontro veio coroar a estratégia de desenvolvimento sustentável do Pará para a Amazônia, “um projeto iniciado no nosso governo, pensado para a garantia de um futuro melhor para o Pará, a Amazônia, o Brasil e o mundo”. No dia 8, segundo Helenilson, dia da padroeira Nossa Senhora da Conceição, o ministro estará em Santarém, formalizando o apoio ao projeto do Parque do Tapajós e dando início ao desenvolvimento de outros projetos na área de ciência e tecnologia, mostrando que “o Pará tem todas as condições de ser um polo de bom aproveitamento da biodiversidade da Amazônia, um exemplo para o mundo”, concluiu o vice-governador.

O Parque Tecnológico do Tapajós

Orçado em 47 milhões de reais, o PCT Tapajós abrigará, em 11 mil metros quadrados de área, uma incubadora e um condomínio de empresas de base tecnológica. Os recursos serão oriundos tanto do poder público quanto da iniciativa privada. Além de estimular a formação e a instalação de empresas no Parque, a universidade também terá uma função gerencial, engajada na transferência de tecnologia e na capacitação dessas empresas. O Parque também estará aberto às instituições públicas e privadas da região.
Os parques de ciência e tecnologia surgiram como estratégias de inovação e desenvolvimento regional. São complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico que visam fomentar economias baseadas no conhecimento científico e na cultura do empreendedorismo e da inovação. Três parques foram planejados para o Estado do Pará: o PCT Guamá, que já está sendo implantado no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém; o PCT Tocantins, previsto para Marabá; e o PCT Tapajós, a ser implantado no campus da UFOPA, em Santarém, a partir de 2012.

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