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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Comprovada falsificação de assinaturas na OAB

O presidente afastado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado do Pará, Jarbas Vasconcelos, quer provar que um 'golpe político' o afastou do cargo e provocou a intervenção na seccional paraense. Uma das providências tomadas por Jarbas e seus advogados foi contratar peritos para analisarem as assinaturas do vice-presidente afastado da OAB-PA, Evaldo Pinto, e verificar se elas já haviam sido falsificadas em outras ocasiões por Cynthia de Nazaré Portilho, ex-assessora jurídica da OAB. Os dois laudos, elaborados pelos peritos paulistas Ricardo Molina de Figueiredo e Aline Thaís Bruni, evidenciaram que Cynthia já havia falsificado outras assinaturas de Evaldo Pinto, e não apenas as que constam na procuração relativa à venda do terreno de Altamira, o estopim da crise na instituição.
 A perícia de ambos os profissionais revelou que, em vários documentos onde consta a assinatura de Evaldo Pinto, estas foram realizadas, na verdade, por Cynthia. Para Jarbas Vasconcelos, o resultado dos exames faz cair por terra a defesa de Evaldo. 'A defesa o colocou como vítima, afirmando que a funcionária tinha falsificado a assinatura coagida por mim, uma acusação grave. Além disso, o dr. Evaldo tem dito que esta foi a única vez em que a sua assinatura foi falsificada. Agora, a perícia vem mostrar que ela (Cynthia) assinava por ele em outras oportunidades, não apenas neste caso específico', ressalta. Jarbas já oficiou o Conselho Federal da OAB e ao novo interventor da OAB-PA, Roberto Busato, comunicando sobre os laudos periciais.
 O afastamento de Jarbas foi decidido em um julgamento realizado no domingo, 23, no Conselho Federal da OAB. A tentativa de venda de um terreno da Ordem em Altamira para um conselheiro da OAB-PA, Robério D’Oliveira, resultou no afastamento de toda a diretoria da seccional. Um dos fatos que ganhou mais destaque em meio à polêmica foi justamente a falsificação da assinatura de Evaldo Pinto na procuração pública que possibilitava a transferência da propriedade para o nome do comprador. Ficou constatado que a assinatura dele foi falsificada por Cynthia Portilho, então assessora jurídica da Ordem. Em carta enviada à Presidência da OAB no mês de julho, Portilho assumiu a falsificação e disse que esta foi autorizada pelo próprio vice-presidente, por telefone.
ORM

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