A Justiça Federal em Santarém, através do juiz Francisco de Assis Garcês Júnior, deu prazo de 30 dias para que a Fundação Nacional do Índio (Funai), sob pena de multa diária, publique o relatório de identificação e delimitação da Terra Indígena Maró, localizada no Rio Arapiuns, mais precisamente na Gleba Nova Olinda I. Esse local tem sido, nos últimos anos, palco de conflitos entre indígenas, comunidades tradicionais e madeireiros oriundos do sul do país.
Naquela região estão localizadas as aldeias de Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José III. Os estudos antropológicos já foram realizados e agora falta apenas definir a extensão das terras destinadas aos indígenas.
A decisão foi motivada por uma Ação Civil Pública iniciada pelo Ministério Público Federal em Santarém. Em outubro de 2009, as comunidades da gleba Nova Olinda I retiveram e incendiaram duas balsas carregadas de madeira extraída do local.
O fato virou notícia nacional e internacional e, segundo os comunitários, foi a única forma encontrada por eles para chamar a atenção da justiça e dos governos estadual e federal para os conflitos que já duram quase uma década na região da Gleba Nova Olinda.
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