As mulheres assumem no seu dia a dia diferentes papéis na sociedade. Dividindo-se entre a vida pessoal, nos cuidados com a família, e a profissional, com o trabalho e a sua formação, a mulher conquista cada vez mais o seu espaço no mercado. No serviço público estadual elas já são a maioria. Mais de 55 mil, dos 103 mil servidores do Estado, são mulheres – o equivalente a 56%. Para a secretária de Estado de Administração, Alice Viana, este dado demonstra que a mulher busca, além de consolidar-se em uma carreira, alcançar a estabilidade pessoal, o que representaria mais segurança para a sua família. “O fato de a maioria dos servidores do Estado serem mulheres reflete o avanço pelo qual a nossa sociedade está passando. A mulher está buscando ocupar o seu espaço e assumindo cargos cada vez mais relevantes”, afirma Alice.
A secretária é um desses exemplos de mulheres que assumem grandes responsabilidades no serviço público. À frente de reuniões diárias, negociações com servidores e classes trabalhistas, a secretária mostra sempre uma postura serena e responsável. Ela diz que nunca teve a sua capacidade colocada em cheque por ser mulher. “Na medida em que você tem domínio do que faz e trabalha com comprometimento, ética e conhecimento, não precisa ter receio de nada. Eu acredito no projeto do Estado e busco passar essa confiança no meu dia a dia”.
A rotina de Alice Viana, assim como o de muitas mulheres, não apenas as servidoras, é dividida entre a casa e o trabalho. Mãe de uma menina, Alice é casada e procura dar atenção à família ao mesmo tempo em que se dedica ao cargo de secretária de Administração. “O papel múltiplo que a mulher tem na sociedade só reforça a sua capacidade. Conciliar casa e trabalho não é tarefa fácil. Além do lado profissional, o familiar é muito forte em qualquer mulher. Essa habilidade de ser multifacetada, na minha opinião, é mais um atributo da mulher no mercado. Hoje em dia os empregadores buscam pessoas capazes de fazer várias atividades”, acredita a secretária.
Assim como a secretária de Administração, a assessora técnica do departamento de Recursos Humanos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Minervina Lima, de 56 anos, também se divide entre as tarefas domésticas e profissionais. Trabalhando desde 1982 na Seduc, ela diz que criou os seus quatro filhos assim. “Eu desde muito jovem comecei a trabalhar. Não tenho formação, mas sempre busquei conhecimento no meu trabalho, fiz cursos e, graças a Deus, trabalho até hoje. A rotina é a mesma de muitas mulheres. Acordo cedo, adianto as tarefas de casa, e venho trabalhar”, conta.
Para Minervina, o trabalho é uma prioridade, assim como a sua família. “O trabalho para mim é prioridade, uma necessidade. Sem ele eu não teria mantido a minha família. São muitas responsabilidades, mas a gente corre atrás”, conta a servidoras da Seduc, secretaria que concentra o maior número das servidoras do Estado – mais de 30 mil.
Formação
Alice e Minervina seguem o perfil da mulher atual, que consolida a sua estrutura familiar sem descuidar do trabalho e, principalmente da sua formação. A secretária, por exemplo, é formada em Administração, com especialização em Gestão Pública, e, aos 43 anos, está concluindo o curso de Direito. “Mesmo há 22 anos no serviço público, eu sempre busco me especializar cada vez mais, ter mais conhecimento. A formação profissional é fundamental para qualquer pessoa, em especial as mulheres, de quem o mercado exige ainda mais”.
Minervina diz que não tem formação acadêmica, apenas o Ensino Médio, mas buscou conhecimento para crescer profissionalmente e ainda continua persegue esse objetivo. “Eu tive que trabalhar desde cedo, mas, mesmo assim, sempre fiz cursos técnicos para me especializar e garantir meu lugar no mercado de trabalho”, reforça.
À nova geração feminina, elas, que já conquistaram o seu espaço, deixam uma mensagem de incentivo. “Acreditar no potencial e procurar qualificação é essencial para qualquer profissional, não importa de que seja o setor. É preciso acreditar no seu objetivo e trabalhar com ética, principalmente no serviço público”, comentou Alice. “Hoje as jovens têm mais oportunidades. E devem se valer disso para buscar seus espaços também, seja onde for, no serviço público ou em empresas privadas”, aconselha a assessora de RH.
Agência Pará
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