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sexta-feira, 11 de março de 2011

Ser e estar

Por Sabrina Plachi
Na língua portuguesa ser e estar é tido como duas situações diferentes. Eu sou jornalista, eu não estou jornalista, eu não sou a fome, eu estou com fome. ESTAR é uma fase transitória, SER é uma condição permanente.
Como saber se eu ESTOU vivo ou se SOU vivo? Às vezes estou vivo, mas algumas vezes eu somente sou vivo, mas parece não estar ou desejo não estar, ou almejo não ser.
Estar vivo é quando você se encontra na plenitude de suas funções fisiológicas, você sente, deseja, alimenta tudo o que pensa. Você está vivo, você está latente, é o máximo de sua vivência.
Ser vivo é quando você simplesmente possui um corpo funcional. Tem suas habilidades motoras e psicológicas, mas a usa limitadamente. É quando não se considera sua forma pensante, apesar de toda sua capacidade mental.
Ser e estar é o que classifica sua condição atual. É o que move seu corpo para frente e para trás. Para uma criança não existe o “estar” em sua concepção moral, ela é ou não feliz, ela é ou não sua amiga. A partir do momento em que você amadurece a situação “ser” começa a se distanciar de sua concepção. O mundo parece oscilar e você o acompanha. Então você está feliz, você está bem, você está amando, tudo parece ser transitório e isso nos irrita porque buscamos a eterna felicidade, o eterno amor e a vida eterna.
Quando aceitamos essa situação e nos acostumamos com o “estar” achamos que a vida não se torna tão complexa. Talvez 1000 situações de “estar feliz” seja igual ao “sou feliz”, se sua vida for repleta de bons momentos no qual você se sente feliz, você terá poucos momentos de não felicidade.
Estar vivo dentro de um ser vivo.

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