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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Inicia julgamento do recurso de Sefer

A 3ª Câmara Criminal Reunida, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, iniciou às 9h desta quinta-feira (06) o julgamento do recurso do ex-deputado, o médico Luiz Afonso Sefer, condenado a 21 anos de prisão por pedofilia e cárcere privado e ainda ao pagamento de R$ 120 mil à família da vítima.
O relator da ação é o desembargador João Maroja e a promotora é Célia Filocreão. Para conseguir se livrar da condenação, Luiz Sefer contratou o advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, para atuar em sua defesa junto com o advogado paraense Osvaldo Serrão.
Luiz Sefer era deputado pelo DEM em 2009 quando foi acusado pela garota de estupro, cárcere privado, violência física, entre outros crimes. Em 2005, aos nove anos, a menina fora levada de Mocajuba, por um outro médico, para morar na casa do então deputado, em Belém. Segundo denunciou o Ministério Público, a garota ficou sofrendo sucessiva violência sexual na casa do médico durante quatro anos. Além do pai, segundo a acusação, o filho também abusava sexualmente da menina, que vive atualmente em programa de proteção de testemunhas.
O caso ganhou dimensão nacional em 2009, quando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI da Pedofilia) do Senado Federal veio a Belém e incluiu o caso nas investigações. No mesmo período, o Legislativo local também instaurou uma CPI para investigar crimes de pedofilia. Acuado, Sefer preferiu renunciar ao mandato de deputado a ser cassado por comissão processante instaurada na Assembleia Legislativa.
Em junho de 2010, a juíza da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém, Graça Alfaia, condenou Sefer e decretou a sua imediata prisão. Mas ele fugiu de Belém e seu advogado impetrou habeas corpus, concedido duas semanas após a condenação pela desembargadora Vânia Bitar.
Serrão acredita que os desembargadores vão reformar a sentença de condenação de Luiz Sefer. Ele afirma que a sentença de primeiro grau levou em consideração apenas a palavra do que ele define como suposta vítima.
Diário do Pará

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