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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dividir ou Emancipar?

Profº Jadir Emílio Fank

Prof. Jadir Fank
Mais uma vez o povo está sendo conclamado para exercer sua cidadania através do voto. Será no dia 11 de dezembro, quando todos os eleitores paraenses poderão decidir sobre o futuro da geografia do Estado. Redesenhar o mapa do Pará em mais dois outros Estados, Tapajós e Carajás.
Li no blog do Jornalista Jota parente a entrevista com o professor Edivaldo Bernardo, grande líder e lutador pelo Estado do Tapajós, onde coloca, numa das respostas, que quase 65% dos eleitores estão concentrados na região que permanecerá para o Pará. Aí que mora o perigo. Por que falo isso? Porque na Capital, Belém e nas cidades ao redor nas quais eu trabalho não se vê absolutamente nada pelo “SIM”. O único adesivo que vi até hoje está no meu carro, um lutador solitário, que recebi na cidade de Santa Inês, no Maranhão, de um advogado da região do Carajás, que se hospedou no mesmo hotel que eu estava.
Se 65% dos eleitores estão na região metropolitana de Belém e nos outros municípios que ficará ao Pará, já deveria estar mais intenso a campanha pelo sim nessa região, concentrar as forças e convencer as pessoas que é melhor para todo mundo a criação de novos Estados. Tentei descobrir onde fica a sede do Movimento pelo Estado do Tapajós, mas ainda não consegui essa informação. Como é possível isso? Precisa estar visível, se é difícil para mim que tenho interesse pelo “SIM” imagina para quem não tem interesse no processo da criação de novos Estados.
No meu ponto de vista deveria ser adotada outra estratégia, não utilizar a palavra “DIVIDIR” ou “DIVISÃO”. Por que isso? Por que essa palavra é muito forte. Ninguém quer dividir nada. Quando temos algo que é nosso não queremos dividir e sim compartilhar. Fui procurar no dicionário Larousse o significado da palavra “DIVIDIR”: 1. Partir ou separar em diversas partes; desunir; apartar; 2. Distribuir, repartir. 3. Efetuar operação da divisão. 4. Estabelecer a discórdia, a desinteligência entre. Discordar, divergir, desunir-se. Vejam meus amigos, dividir está mais voltado para brigas, como uma coisa ruim, pejorativo, que não trás nada de bom. E é exatamente o contrário que se busca, a união de todos os Estados para ter mais força política em Brasília, conseguindo mais benefícios para a população.
Meu argumento aos que são contrários aos novos Estados é exatamente não dando conexão á divisão e sim a EMANCIPAÇÃO. É como um filho que resolve sair da casa dos pais. Que pai quer ver seu filho sair de casa? E quando sai de casa o pai quer que ele se de bem. Ele não divide nada da família e sim cada um segue a sua vida e normalmente cada um melhora. Vejam meus amigos o que diz o dicionário Larousse sobre “EMANCIPAÇÃO” ou “EMANCIPAR” 1. Tornar-se livre o menor de tutela ou do pátrio poder através da atribuição da plenitude de capacidade jurídica. 2. Tornar-se livre; libertar-se. Pode-se perceber que o significado é menos agressivo, não dá características de desunião e sim de seguir cada um a sua vida, com as próprias pernas, sem depender diretamente de outrem.
Voltando novamente à entrevista do professor Edivaldo Bernardo, informando que tem prefeitos da região que não estão envolvidos de fato no movimento. Por que isso? Não foram eleitos pelo povo para representar os interesses do povo? Por que se esconder? A troco de que? De migalhas? Ou querem fazer parte da história? Governador além de querer ser contra é necessário ser contra pelo juramento feito na posse. Por isso espero que todos os políticos, prefeitos, vereadores de todos os municípios se envolvam de fato e que sejamos vencedores nesse momento histórico, onde pela primeira vez poderá ser criados Unidades da Federação pelo voto do povo.
Vamos em frente que a luta continua. Vamos “SIM EMANCIPAR”

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