O setor de venda de imóveis cresceu nos últimos anos em Santarém com a vinda de pessoas de outras cidades. Muitos estão atentos para as oportunidades de vender casas ou apartamentos, mas uma questão impede que bons negócios sejam realizados, são os valores abusivos cobrados pelas propriedades.
Placas de vende-se em imóveis são facilmente encontradas na cidade. Casas e apartamentos estão a espera de compradores interessados em cobrir propostas.
O representante comercial, Pedro Alencar veio de Minas Gerais visitar o filho e decidiu comprar um imóvel em Santarém, ele só não sabia que mesmo com as inúmeras ofertas, fechar negócio não seria tão fácil.
“A dificuldade que eu vejo hoje aqui em Santarém é o documento das casas, praticamente não tem. Então se você compra uma casa, se você vai financiar, não tem como financiar, porque a caixa não vai aceitar. (...) Outra dificuldade é preço. Eu acredito que seja abuso de preço.” Enfatiza Pedro Alencar.
Essas dificuldades citadas pelo representante comercial estão se tornando comuns. De acordo com o economista José de Lima Pereira, os imóveis tiveram uma alta bem acima do esperado. Em alguns casos o aumento chega a três vezes. Isso acaba impossibilitando a negociação dos imóveis não só para quem vem de fora, como para os santarenos.
“O Valor dos imóveis que há seis anos se comprava por dez, doze, quinze mil, hoje tá se comprando por cinquenta, por sessenta mil, mas esse é um crescimento de preço, de elevação de preço natural. Nós não temos como intervir nessa situação.” Afirma o economista.
Com 294.580 habitantes, Santarém tem cerca de 29 mil imóveis registrados e aproximdamente 50 mil sem a documentação exigida. O número de imóveis na cidade, fornecido pela secretaria de habitação é com base na cobrança do IPTU.
O conselho de corretores de imóveis do oeste do Pará afirma que a alta não é exorbitante e que ela segue as tendências de crescimentos da cidade. Imóveis anteriormente considerados sem valor passaram a ser desejados. Tudo pelo fato de Santarém ser uma das opções para a capital, caso o estado do Pará tenha o território dividido e a Rodovia Cuiabá Santarém concluída.
“São situações que chama atenção de pessoas de fora, investidores que passam a vir fazer busca na nossa cidade com intenção de fazer investimentos. E com isso acaba por aumentar um pouco mais o preço.” Destaca o delegado do conselho de corretores do Oeste do Pará
NoTapajós
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