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sábado, 12 de junho de 2010

PMDB: saída do governo encontra resistência

Apesar de filiados do PMDB que ocupavam cargos de direção em órgãos do governo estadual terem apresentado suas cartas de exoneração, como ocorreu na Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e na Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab), ainda há resistências dentro do PMDB no desembarque de outros cargos.
Em órgãos do segundo e terceiro escalão do governo, como Detran, Jucepa, Ceasa e Loterpa, que couberam na cota peemedebista pelo apoio à eleição da governadora Ana Júlia Carepa, ninguém quer saber de entregar o lugar.
O argumento usado pelos resistentes não convence a direção do partido. Eles dizem que se há possibilidade do PMDB vir a apoiar Ana Júlia num eventual segundo turno, melhor é permanecer no governo. Isso contraria a ideia da ampla maioria do partido, que considera desgastante ter filiados ainda vinculados ao governo mesmo o PMDB não fazendo mais parte da aliança que elegeu Ana Júlia.
O deputado Parsifal Pontes tem defendido dentro do partido a ideia de que quem prefere ficar no governo deveria se desligar do PMDB para não criar constrangimentos durante a campanha eleitoral. O mesmo pensamento também já foi manifestado, desde o ano passado, pelo ex-deputado federal e presidente do Diretório Municipal do partido em Belém, José Priante.
Se peemedebistas ainda pretendem continuar no governo, a própria governadora Ana Júlia tem agido com relutância em aceitar cartas de exoneração de ex-aliados. Ela ainda aposta em uma recomposição de forças entre PT e PMDB, embora os fatos sinalizem, pelo menos no primeiro turno, para essa impossibilidade.
Há setores do PT que dentro do governo defendem a ocupação imediata dos cargos ainda em poder do PMDB para agasalhar novos partidos aliados, como o PR, de Anivaldo Vale, já indicado vice na chapa da governadora em sua tentativa de reeleição.
Diário do Pará

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