São Raimundo enfrenta hoje o Fortaleza

A noite de hoje reserva aos santarenos de corações alvinegros a emoção da estreia em casa no Campeonato Brasileiro da Série C. E o adversário do São Raimundo, logo mais, no Colosso no Tapajós, promete um jogo daqueles chamados teste pra cardíacos: é o Fortaleza, tetracampeão cearense, tentando a primeira vitória na competição. Uma partida que promete ser equilibrada, na qual a torcida deve fazer a diferença.

Depois de arrancar um empate contra o Águia, em Marabá, o São Raimundo voltou para Santarém dividido entre a alegria pelo pontinho conquistado e a tristeza pelos outros dois que poderiam ter voltado na bagagem também. “Nossa equipe foi muito bem e poderia ter sido ainda melhor, com certeza. Poderíamos ter vencido”, garante Válter Lima. “Vencer tem que ser nosso único objetivo, sempre”, completa o técnico.E dentro dos seus domínios, esse objetivo vira obrigação.

Em um campeonato de tiro curto, no qual cada equipe faz apenas quatro partidas como mandante, os três pontos devem ficar sempre com a casa. É aí que a torcida ganha papel fundamental, na opinião do técnico do alvinegro, jogando a favor ou contra. “Jogar em casa só faz a diferença se a equipe estiver bem. A torcida é favorável assim, porque se a equipe estiver mal, começam as cobranças, a ansiedade aumenta e as coisas se complicam”, aponta Valtinho.

O Fortaleza já viveu os dois lados dessa moeda na competição e saiu de campo, nos dois jogos, com dois zero a zero insossos. O suficiente para deixar a torcida do Leão do Ceará de orelhas em pé, temendo pela classificação do time, que antes do campeonato era favoritíssimo ao acesso e até mesmo ao título.A verdade é que a partida pode valer a liderança provisória do grupo. Pode valer também uma arrancada na competição. Em plena Amazônia paraense, o confronto do Pantera com o Leão. Quem vai levar a melhor?

Pantera sabe que não terá moleza

Para o Fortaleza, a vida não anda nada fácil na Série C. Mas o adversário, que ainda patina na competição, não engana o São Raimundo: um pantera escaldado que não entra em água fria. Recém-promovido à Série C, com a conquista do título da quarta divisão do ano passado, o Pantera ainda engatinha no cenário nacional e por isso sabe que o Leão do Ceará merece respeito. “O Fortaleza é um time grande, de camisa, de tradição, e eles estão buscando se acertar”, lembra Válter Lima.

Nem mesmo o momento difícil atravessado pelos adversários, que ainda não venceram ou balançaram as redes em dois jogos, parece facilitar a vida alvinegra. “Isso não é vantagem pra gente não, pelo contrário, até dá uma falsa impressão. Pelas informações que eu tive, eles jogaram muito bem e até mereceram vencer o Rio Branco”, aponta Valtinho.

Talvez por isso, o técnico ainda não revele a equipe que entra em campo hoje. Mas não é nada de mistério: é que as opções são muitas. “Em um plantel de 30 jogadores, temos várias opções, cada uma dando uma variação, uma forma de jogar diferente”, garante o comandante Válter Lima.

Diário do Pará