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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Professores da Seduc entram em greve

Os professores da rede estadual entraram em greve na manhã de ontem depois de mais uma rodada de negociações sem sucesso com o governo, realizada na Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof ). A reunião com representantes do Estado discutiu o reajuste salarial e problemas de falta de segurança nas escolas.
Enquanto a comissão estava dentro da Secretaria, centenas de professores e alunos faziam um ato com faixas e um trio elétrico próximo à avenida Visconde de Souza Franco. Após o fim da reunião, a categoria deliberou pelo fim da greve.
Segundo Eloy Borges, coordenador geral do Sindicato dos Professores do Ensino Público (Sintep), durante a negociação, nenhuma proposta foi apresentada para a comissão. “O secretário adjunto de Administração (Silvio Ronaldo Machado de Souza) disse que continua o processo de negociação, mas que até hoje (ontem) a proposta do governo era a mesma e nós não vamos aceitar”.
Na rodada de negociação do mês passado, o governo havia proposto, de acordo com Borges, o reajuste de 6% do salário dos trabalhadores de nível superior, 10% para nível médio e 9% para fundamental. No entanto, a categoria reivindica 30% de reajuste salarial e o aumento do auxílio alimentação de R$ 100,00 para R$ 300,00. “O governo está nos enrolando. Essa já foi a sexta reunião. Na última negociação nós falamos com outras pessoas e agora mandaram o secretário adjunto, que nunca tinha participado de nenhuma negociação. Isso é um absurdo”.
SEGURANÇA - Os alunos que participavam da manifestação carregavam faixas pedindo mais segurança para as escolas. A estudante de uma escola do Tapanã, Jordana Borges, afirmou que ninguém consegue mais ir para a escola no período da noite, por conta do grande número de assaltos que acontecem. “No ano passado uma colega minha até saiu de lá, porque tinha medo de ser assaltada. E agora a gente está quase sem aula, porque os professores também não estão mais indo. Ninguém pode andar sozinho por lá que os ladrões agem”.
A professora da mesma escola, Célia Lima, contou que todos os dias acontecem assaltos. “Os alunos estão sem aula, porque quando chega a noite os ladrões pulam o muro da escola e roubam os estudantes e até mesmo os professores. É por isso que hoje nós estamos aqui, para pedir, além do reajuste salarial, que é nosso direito, mas também para pedir mais segurança e condições de trabalho, porque a gente está trabalhando com medo”, contou.
Diário do Pará

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