Páginas

Mostrando postagens com marcador Amazônia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amazônia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Desmatamento para plantio de soja chega a 11,6 mil hectares na Amazônia

A área de soja plantada em terras de novos desmatamentos na Amazônia na safra de 2010/2011 saltou de 6,2 mil hectares para 11,6 mil hectares em relação ao período anterior. Apesar do avanço, a cadeia produtiva do setor considera que a cultura não é mais uma das principais causas do desmatamento do bioma. Os números foram apresentados hoje (13) durante a renovação da Moratória da Soja, inciativa de empresas exportadoras e organizações da sociedade civil para boicotar a soja produzida em áreas de novos desmatamentos na Amazônia.
Assinada pela primeira vez em 2006, e repactuada ano a ano, a moratória foi renovada até 31 de janeiro de 2013. A partir de imagens dos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Grupo de Trabalho da Soja (GTS) sobrevoa polígonos e avalia se houve plantio de soja nas áreas de novos desmatamentos. Se o grão foi plantado nessas áreas de derrubada recente, a fazenda passa a ser boicotada pelos compradores.
Dos 375 mil hectares monitorados na última safra, o GTS identificou plantio de soja em 11,2 mil hectares. A área corresponde a 0,39% do total desmatado em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia após julho de 2006, quando o embargo foi declarado. Os três estados são responsáveis por 98% da produção de soja na Amazônia. Em toda o bioma, há 1,96 milhão de hectares de lavouras da oleaginosa.
“Em 2006, nossos clientes da Europa estavam interrompendo as compras de soja. Examinando os cinco anos da moratória, vemos grandes progressos. Hoje há governança, controle em tempo real do que está acontecendo e punições, como embargos e multas”, avaliou o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais, Sérgio Mendes.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, disse que a moratória tirou a soja do rol dos principais fatores de desmatamento da Amazônia, “É um vetor quase insignificante. O produtor que pensa em transgredir, vai pensar 27 vezes e não vai plantar, porque sabe que isso vai ser ruim para ele.”
Além do monitoramento, o GTS quer estimular a inscrição do Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma ferramenta de regularização fundiária com identificação georreferenciada das propriedades rurais, com a delimitação de áreas que devem ser preservadas, como a reserva legal.
“É possível identificar onde se desmata. Temos que avançar para identificar quem desmata. E esse é o papel do CAR”, avaliou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. A expectativa de flexibilização do Código Florestal tem esvaziado o CAR, segundo a ministra. Os produtores estão aguardando as alterações antes de registrar suas propriedades. A expectativa do setor é que mudança em tramitação do Congresso torne a lei menos rígida.
O diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, que coordena a sociedade civil no GTS, disse que o debate enviesado sobre o Código Florestal tem criado expectativa de anistia para desmatadores. Isso, acrescentou, pode comprometer os resultados futuros da moratória.
“O debate pode levar a um retrocesso muito grande na legislação ambiental, o que vai tornar a moratória mais importante do que nunca, porque vai ser a indústria dizendo não ao desmatamento. É quase uma resposta política, porque a moratória vai além da lei.”
A renovação da moratória foi elogiada pela Amazon Alliance, um grupo internacional de empresas compradoras de soja brasileira. Entre elas, o Carrefour e o McDonald’s. Em comunicado, o grupo se diz preocupado com as alterações na lei ambiental brasileira.
Além da Anec, Abiove e Greenpeace, também fazem parte do GTS o Banco do Brasil, o Ministério do Meio Ambiente e as organizações não governamentais Conservação Internacional, TNC, WWF-Brasil e Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
Portal Amazônia

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Lira Maia é indicado para Comissão Especial sobre Plantio de Cana-de-acúcar

O Deputado Lira maia foi indicado pela Liderança do Democratas na Câmara dos Deputados como membro titular da Comissão Especial destinada a proferir parecer ao Projeto de Lei 1.712/2007, que dispõe sobre o cultivo de cana-de-açúcar no País. Esta Comissão irá definir ainda, critérios de plantio da cana-de-açúcar em todos os Estados da federação. Segundo Lira Maia, os parlamentares amazônidas devem ficar atentos a esta matéria para que não proíbam de vez o plantio da cana-de-açúcar na Amazônia legal.
Ao contrário do que tentam colocar os ambientalistas, para o plantio de cana-de-açúcar na região amazônica, não é necessário desmatar. O plantio da cana em áreas degradadas ou alteradas pode inclusive, recuperar aquelas áreas. Segundo Lira Maia, na Amazônia existem hoje, milhões de hectares de áreas prontas para essa produção que conta com ótimo clima e com um regime de chuvas espetacular, podendo oferecer à cana, um grau Brix superior às demais regiões do País.
Para o Parlamentar, os milhões de hectares de áreas alteradas e degradadas, são excelentes para que, em igualdade ou em melhores condições que outras regiões, produzir cana-de-açúcar de qualidade superior.
O Deputado se mostrou totalmente favorável ao plantio de cana de açúcar na Amazônia e fez referência à Usina Abraham Lincoln, instalada na Transamazônica, em Medicilândia, onde foi plantada a cana-de-açúcar com incentivo do Governo e que hoje está parada.
Lira Maia sugeriu às autoridades que estudem bem esta situação e liberem definitivamente o plantio de cana-de-açúcar nas áreas degradadas e/ou alteradas da região amazônica, com a utilização de tecnologias e de conhecimento científico. “Não podemos ignorar o potencial agrícola da região amazônica, que tem contribuído ao longo dos anos com o crescimento econômico e social do País. Como Membro da Comissão Especial, estarei atento as propostas que visem prejudicar ainda mais o setor produtivo na Amazônia e, em especial no Estado do Pará. Sou contra que se derrube floresta na Amazônia para se plantar cana, mas não posso concordar que se proíba o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia”, concluiu o Deputado Lira Maia.

sábado, 18 de julho de 2009

Documentos da FAB confirmam OVNIS no Pará

Documentos da Aeronáutica revelam a missão especial que filmou e fotografou aparições de óvnis no País e mostram como funcionava o departamento criado pelos militares para investigar os relatos sobre discos voadores.

Duas dezenas de oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) estiveram envolvidos em uma missão sigilosa no meio da selva amazônica, no Pará, 30 anos atrás. Denominada Operação Prato, ela é a mais impressionante investigação de óvnis (objetos voadores não identificados) realizada pela Aeronáutica que se conhece. É uma espécie de caso Roswell brasileiro, com missões secretas, histórias e fenômenos sem explicação. Enquanto em Roswell, marco da ufologia mundial, os militares americanos primeiro admitiram a existência dos óvnis e depois negaram, os relatórios da FAB não deixam dúvidas: os oficiais do I Comando Aéreo Regional (Comar), em Belém, designados para a operação, que ocorreu nos quatro últimos meses de 1977, afirmam ter presenciado - mais de uma vez - UFOs cruzando o céu da Amazônia.
Detalhes da Operação Prato estão em relatórios sigilosos que acabam de ser liberados pelo governo federal para consulta no Arquivo Nacional, em Brasília. Desde o ano passado, estão vindo a público documentos, alguns guardados há mais de 50 anos. Todos os arquivos secretos de UFO estão sob responsabilidade da Casa Civil desde 2005. Há 1.300 folhas de um total estimado em 25 quilos de material, com descrições, croquis e fotos de óvnis referentes a três lotes de informações da FAB. Os dois primeiros contêm relatos dos anos 50 e 60. O último, aberto em maio e do qual faz parte a Operação Prato, cobre a década seguinte. No próximo mês, será a vez do acervo dos anos 80. ISTOE recriou em desenhos histórias contidas nos documentos.
Os arquivos também mostram que a Aeronáutica teve um departamento específico de estudos sobre UFOs entre 1969 e 1972. O Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani) funcionava nas instalações do IV Comar, em São Paulo. Composto por pesquisadores civis e autoridades militares, o Sioani saía à procura de casos pelo País. O material liberado revela com detalhes a doutrina desse departamento - além de cerca de 70 casos apurados, todos retratados com desenhos feitos pelos militares.


Entre o material disponível, a Operação Prato é considerada a mais intrigante. Das cerca de duas mil páginas de relatórios, 500 fotografias e 16 horas de filmagem documentadas pelos militares do I Comar, de Belém, apenas 200 páginas e 100 fotos tornaram-se públicas. Há relatos de 130 avistamentos por militares e civis. A missão, liderada pelo capitão da Aeronáutica Uyrangê Hollanda, tinha como objetivo investigar as ocorrências provocadas por um fenômeno batizado de chupachupa, que começou a ser relatado em 1976 por moradores da região oeste do Maranhão e se espalhou por Colares, a 80 quilômetros da capital paraense, como uma epidemia.
No total, 400 pessoas teriam sido atingidas por luzes que, segundo os depoimentos, lhes sugavam o sangue. Em um dos documentos oficiais, a médica Wellaide Cecim, que tinha 24 anos na época e atendeu a maioria dos pacientes, diz que os feridos apresentavam "paresia (amortecimento parcial do corpo), cefaleia, tonturas, tremor generalizado e queimaduras de primeiro grau, bem como marcas de pequenas perfurações". Para desmistificar o fenômeno, o capitão Uyrangê, junto com sua equipe, foi designado para colher depoimentos durante o dia e ficar em vigília à noite munido de máquinas fotográficas Nikon, com teleobjetivas de 300 mm a 1000 mm, filmadoras e gravadores.


Acabou, porém, registrando e presenciando o que até então acreditava ser ficção científica. "Meu irmão viu várias naves", contou à ISTOÉ Uyranê Soares de Hollanda Lima, referindo- se ao chefe da Operação Prato, que morreu em 1997. Comissário de bordo aposentado, Uyranê lembra bem de uma ligação feita por Uyrangê, no auge das investigações. "Ele me disse: 'Hoje, um disco voador ficou a 50 metros da minha cabeça. Era do tamanho do (avião) DC-10 que você voa. Filmei e fotografei tudo.'" Para os ufólogos, o termo disco voador faz referência a objetos de vários formatos e cores que não são aviões, executam diversos tipos de manobras e aparecem em locais variados.

Há diversas ocorrências documentadas. A de número 16 da pasta Registro de Observações de Óvni, por exemplo, detalha um avistamento feito pelos militares, que escrevem sobre um "corpo luminoso, emitindo lampejos azulados de intensidade" de cor "amarela (âmbar ou quartzo-iodo)" que percorria uma "trajetória de curva à direita, descendente e ascendente" a uma velocidade estimada de 800 km/h. Ele foi presenciado em Colares, às 19h do dia 1º de nov embro de 1977, pela equipe do I Coma r : "Além da luminosidade, o óvni apresentava um pequeno semicírculo avermelhado na parte superior. Sentido de deslocamento sudoeste/ nordeste. Ausência de ruído ou deslocamento de ar." Entre as informações liberadas sobre a Operação Prato, não há registro de contatos com ETs, tampouco explicação para o fenômeno do chupa-chupa.
Os arquivos, agora públicos, trazem depoimentos de civis, trocas de correspondências entre militares sobre óvnis, recortes de jornais da época e várias conversas entre pilotos e controladores de voos sobre estranhos fenômenos no espaço aéreo nacional: "Sierra Bravo Juliete, solicitaremos que... se possível, nos fornecesse toda a performance desse objeto luminoso e faremos uma gravação de vídeo, positivo?", comunica a torre de controle de Brasília, como mostra um relatório, a uma aeronave, em 6 de dezembro de 1978.




"Afirmativo, inclusive (a luminosidade) está agora a nossa direita, nos acompanhando, ela aumenta e diminui a intensidade... está... não é camada, não é nada... a gente vê que ela aumenta e diminui a intensidade", responde o piloto. Diante de fenômenos desconhecidos no céu, a FAB orienta os pilotos a preencher um formulário. Hoje, o sistema é informatizado, mas, até meados dos anos 70, o papel ficava em bases aéreas e aeroportos. Estima-se que só 10% dos pilotos façam isso.
No momento, apenas os relatórios de UFOs classificados como reservados e confidenciais da Aeronáutica tornaram- se públicos. Espera-se que o Exército e a Marinha façam o mesmo. São aguardadas, também, as páginas com os carimbos de secreto e ultrassecreto. Por lei, as que cumpriram 30 anos de ressalva deveriam ser públicas, mas na prática não é o que ocorre. "Não se quebra uma cultura de uma vez. E eu não sou a favor de divulgar documentos que ferem a privacidade das pessoas, induzem pânico à população ou colocam a segurança do País em risco", defende o brigadeiro José Carlos Pereira, ex-comandante de operações da FAB e ex-presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
(
Revista Istoé/Terra)
Clique aqui para ler a reportagem completa.
Diário do Pará