Em novembro de 2013 ele completou 40
anos de vida. É pedagogo, tem disposição para o trabalho e um dos vereadores
mais atuantes da 17ª. Legislatura. Aliás, energia é o que não falta para o
jovem que tem sangue político na veia. Filho do professor Raimundo Navarro (eleito
por duas vezes Vereador de Santarém) e de Marilza Serique (Secretária Adjunta
de Educação do Município), Dayan Serique foi eleito o melhor vereador de
Santarém do primeiro semestre de 2013. É vice-presidente do Partido Popular
Socialista (PPS), casado com a engenheira civil, Odilene Araújo, pai de Yan,
João e do Rômulo, acadêmico de Direito e um apaixonado por futebol, política e
arte real.
2013 foi um ano de muita
produtividade. Durante as sessões, o vereador apresentou 122 Requerimentos; 10
Indicações; 28 Moções; 05 Pedidos de Informações e 30 Projetos de Lei. No
total, foram 195 trabalhos apresentados, voltados para a melhoria da qualidade
de vida, tanto dos moradores que vivem na cidade, quanto dos que vivem nas
áreas do planalto e várzea.
Numa conversa franca e ao som de um
bom reggae (ritmo que ele mais gosta), Dayan Serique fez uma avaliação do
primeiro ano como vereador, marcado pelo engajamento dos movimentos sociais e
uma maior proximidade com a população santarena.
Um ano de mandato o que você elege
como principal acerto?
Não fugi dos debates, encarei os
problemas, as discussões e tive um posicionamento fundamentado, no caso das
discussões do Some, Salve o Juá, política de loteamentos e abandono do governo
do Estado. Apresentamos mais requerimentos e projetos de lei. Nosso objetivo é
chegar mais perto das necessidades dos santarenos. Todo trabalho voltado para a
melhoria da qualidade de vida, tanto dos moradores que vivem na cidade, quanto
dos que vivem nas áreas do planalto e várzea. Eu pensava que podia fazer mais
no exercício da legislatura, mas percebi que o vereador tem muitas limitações.
Mesmo assim, avalio que consegui fazer 80% do que planejei.
Qual avaliação pode ser feita neste
seu primeiro ano legislativo?
Primeiro, foi um ano de aprendizagem,
porque ninguém nasce sabendo ser vereador. Embora eu tenha nascido numa família
de políticos e já tenha trabalhado para diversos políticos em Santarém e no
município de Itaituba, exercer a função de vereador não é tão simples. Mas, com
a experiência acumulada apresentamos muitos projetos e requerimentos,
participamos de reuniões, sempre buscando a resolução dos problemas enfrentados
pela população de Santarém, quer seja na área de saúde, de educação, das regiões
de rios, mais especificamente, voltados às comunidades do rio Tapajós.
Qual a expectativa para o segundo
ano?
Será um ano eleitoral. Mas não deverá
afetar nosso trabalho como legislador. Nossos trabalhos continuarão sendo
apresentados e continuaremos a fiscalização do Poder Executivo e realizando
nossas críticas, no sentido de melhor a máquina administrativa e,
consequentemente, propiciar melhoria da qualidade de vida da população. A
expectativa é de mais trabalho e mais acertos.
Qual a análise que você faz do
governo Alexandre Von?
Como todo inicio de governo, o novo
gestor sempre começa com dificuldade para entender a máquina pública e resolver
problemas do passado. Existem problemas seculares que sempre voltam à tona
durante a troca de gestores por serem difíceis de resolver. A nossa avaliação é
positiva. O atual governo avançou nas políticas direcionadas às comunidades
ribeirinhas, que estavam abandonadas. Um dos exemplos é o projeto que levará
água potável às comunidades de várzea e que já inaugurou o seu primeiro poço.
Obras importantes foram e estão sendo retomadas. O problema da saúde está
recebendo toda a atenção do governo. Talvez, o maior desafio de ser prefeito de
Santarém é estar bem representado na área da saúde. A saúde sempre recebeu
demandas de outras cidades, mesmo não recebendo verba para esse atendimento
devido a vários fatores. Então isso prejudica o andamento dos trabalhos e
coloca o gestor em cima de uma corda, sobre um precipício.
Quais os principais trabalhos que
você aponta como mais relevantes apresentados neste primeiro ano de mandato
como vereador?
Apresentei
trabalhos no sentido de tentar frear as ações das Universidades que atuam na
região Oeste do Pará sem que os cursos oferecidos sejam reconhecidos pelo
Ministério da Educação (MEC). Agimos em conjunto com o Ministério Público
Federal (MPF), para tentar punir os responsáveis. Também começamos uma
luta para que haja a interiorização das Universidades, pois é preciso que os
cursos universitários sejam oferecidos, inclusive, no interior dos municípios,
haja vista que é grande o número de pessoas interessadas em ingressar numa
universidade, mas não tem condições para garantir o vai e vem entre a cidade e
a comunidade. E também, um projeto de lei que pretende regulamentar a
profissão de flanelinha. O objetivo é separar o joio do trigo e não fugir de
uma realidade que é intrínseca das grandes cidades emergentes. Concedemos
título de Utilidade Pública aos representantes dos botos tucuxi e cor de rosa,
e a coordenação do festival folclórico do çairé, para que eles tenham novas
oportunidades para arrecadar recursos e organizar o evento com antecedência, além
de alguns subsídios fiscais. Solicitei às autoridades ligadas ao turismo mais
atenção ao setor. A proposta é que sejam elaborados novos planos para
potencializar ainda mais o turismo local e tornar a atividade uma nova forma de
geração de riquezas. E, ainda, um projeto que teve grande repercussão no
município que foi sobre Doação de órgãos, medula, tecidos e sangue, aprovado,
por unanimidade, no dia 02 de outubro. O objetivo do projeto é amenizar os
grandes problemas enfrentados nos hospitais e no Hemocentro de Santarém, além
de conscientizar a população sobre a importância desses tipos de doações. Nele,
foi sugerida, por mim, uma série de vantagens para os referidos doadores, como
por exemplo, a isenção do pagamento da taxa de inscrição em concurso público
municipal. A ideia é estender esse benefício para outras taxas e impostos da
esfera municipal, como o próprio Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O que a população pode esperar, em
2014, do vereador Dayan Serique?
Empenho maior, engajamento maior,
postura cada vez mais cogente no que trata a melhoria da qualidade da saúde, da
educação e da infraestrutura em Santarém. Continuaremos acessíveis e sempre dispostos
a dialogar com todos os setores e segmentos da sociedade santarena.
Qual sua avaliação sobre o quadro
político que está se desenhando para as eleições de 2014?
Teremos eleições para o governo do
Estado e para a Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). Ainda é cedo para
definições. Mas, a movimentação já pode ser vista. Cada pretenso candidato tem
uma postura própria. Existem os mais experientes e os novatos. Cada um se
movimenta de acordo com a sua estratégia. Acho que a região deve apresentar bons
nomes e a população tem que peneirar esses nomes para eleger uma bancada
regional bastante forte e atuante. O parlamento estadual não deve ser tratado
como título. Não adianta ser deputado estadual apenas para ficar sentado na
cadeira da Alepa. Isso demonstra interesse próprio. Os deputados precisam ser atuantes
e bem próximos da população. Existem candidaturas milionárias e que precisarão
de milhares de votos, pois a votação em Belém sempre é expressiva. Mas existem
as candidaturas, que devido à coligação orquestrada, por exemplo,
possibilitarão chances de elegibilidade. A minha eleição à vereança é um
exemplo disso. O jogo possibilita essa possibilidade e nós achamos muito
importante, pois mandato de deputado já está virando sinônimo de forte poder econômico
e título de merecimento. O eleitor não pode escolher seu candidato só porque
ele é rico ou de família tradicional, tem levar em consideração outras
qualidades.
Quais são seus planos para o futuro
político?
Todo político sonha em fazer uma
carreira política, mas isso só se realiza se for fruto de um trabalho dedicação
e, conseqüente, reconhecimento da população. Não pretendo ficar somente como
vereador acredito que posso dá contribuição à Santarém e região de forma
significativa na Assembleia Legislativa do Estado. Santarém e região pagam um
preço muito caro na escolha dos seus representantes, pois o critério adotado,
como já falei, tem sido o financeiro o que tem criado uma geração de políticos
que entram mudos e saem calado da Assembleia. Santarém precisa ser mais
criteriosa na escolha dos seus representantes alguém que tenha o perfil de ser,
de fato, legislador.
Por: Núbia Pereira - Assessora Parlamentar