Novos casos de Aids assustam população do Oeste do Pará

 Juscelino Ferreira

Números divulgados pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA),  revelam que este ano foram registrados 80 novos casos da doença em Santarém, dois a menos que em  2008 quando foram diagnosticadas 82 pessoas infectadas com o vírus HIV. De acordo com a coordenadora do CTA, Osmarina Pires, embora os casos tenham sido diagnosticados em Santarém, nem todas as pessoas infectadas são do município, haja vista que o CTA local atende a 19 municípios da região, onde residem aproximadamente 1 milhão de pessoas.

Segundo ainda os dados do CTA, entre as 80 pessoas diagnosticadas como portadoras do vírus HIV, a predominância ainda é de homens, porém, a quantidade de mulheres soropositivas vem aumentando significativamente e em alguns casos já se equipara à de homens.

 Mesmo sem revelar muitos detalhes, Osmarina Pires confirmou que Santarém continua sendo o município da região com maior número de casos da doença. Ela explicou que por ser referência no Oeste do Pará, o CTA de Santarém recebe pacientes de quase todos os municípios da região, o que confirma que nem todos os casos registrados em 2009 são necessariamente de Santarém. “No Oeste do Pará Santarém é o único município que possui o serviço completo para prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou a coordenadora. Ela declarou ainda que hoje não existem mais grupos de risco, mas sim pessoas vulneráveis ao contágio da doença.  

Em Itaituba, números são considerados alarmantes

Mauro Torres

 A sociedade médica de Itaituba, no Oeste do Pará, denunciam números assustadores da doença no município. Segundo dados fornecidos pelo Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), atualmente existem 35 pacientes soropositivos naquela cidade. Esses números reúnem os casos que foram diagnosticados nos últimos anos, sendo que foram confirmados 11 casos em 2008 e apenas 04 em 2009. Mas ainda há outras cinco pessoas com a suspeita de estarem infectadas. Elas fizeram o teste e em seguida encaminhadas para o reteste, um procedimento obrigatório em caso de dúvida. 

E no período de dois anos, foram registradas cinco mortes, oficialmente, todas em conseqüência de afecções oportunistas, como pneumonias e outras.

Para a bioquímica Judithe Oliveira, coordenadora do CTA, a banalização da doença, um comportamento negativo e desaconselhável de parte da população, também é um fator contribuinte para o aumento no número de casos.

Judithe afirma que o melhor mesmo é reconhecer que a doença não tem cura, e o tratamento permite apenas que o portador do vírus tenha uma vida relativamente normal.