Sessão especial realizada hoje na Câmara de Santarém: Tema " Maioridade Penal", requerente , vereador Dayan Serique. O parlamentar deixou claro e se posicionou contra o assunto: " Sou contra a maioridade Penal", destacou o vereador!
Redução da maioridade penal não diminui a violência. O debate está focado nos efeitos, não nas causas da violência.
A primeira reação de alguns setores da sociedade
sempre que um adolescente comete um crime grave é gritar pela redução da
maioridade penal. Ou quase isso: dificilmente vemos a mesma reação quando a
vítima mora na periferia (nesses casos, a notícia vira apenas uma notinha nas
páginas policiais). Mas vamos evitar leituras ideológicas do problema.
A redução da maioridade penal não resolve nem
ameniza o problema da violência. “Toda a teoria científica está a demonstrar
que ela [a redução] não representa benefícios em termos de segurança para a
população”, foi o que afirmou Dr.Marcos Vinícius Furtado, presidente da OAB.
A discussão em torno na maioridade penal só desvia o foco das verdadeiras causas da violência.
O Instituto Não Violência é bem enfático quanto a isso: “As pesquisas
realizadas nas áreas social e educacional apontam que no Brasil a violência
está profundamente ligada a questões como: desigualdade social (diferente de pobreza!), exclusão social, impunidade (as leis existentes não são cumpridas,
independentemente de serem “leves” ou “pesadas”), falhas na educação familiar e/ou escolar principalmente no que diz respeito à
chamada educação em valores ou comportamento ético, e, finalmente, certos
processos culturais exacerbados em nossa sociedade como individualismo, consumismo e
cultura do prazer.
O Brasil possui hoje a terceira maior população
carcerária do mundo e o sistema carcerário brasileiro está falido. O direito
penal do país considera que os menores de 18 anos são inimputáveis por não
terem capacidade de discernimento do caráter criminoso, é justamente nessa
posição que reside a polêmica. Já existe uma ampla legislação que assegura
medidas socioeducativas para os menores infratores e que essas medidas
representam, penas, as quais podem chegar a até três anos em regime fechado.
Caso a maioridade penal for mudada acontecerá um
aumento absurdo da população carcerária, a redução da maioridade penal vai
entregar os adolescentes aos “doutores do crime”.
Em
pesquisas e estatísticas neste mês de abril, de: o Globo, a Folha de S. Paulo,
o Diário de São Paulo, a Revista Exame, o portal Terra a edição impressa da Veja,
disseram que menos de 1% dos homicídios no Brasil são cometidos por
adolescentes, dados que partiram ainda de uma pesquisa da UNICEF. Será que é
invenção? Mito? Dos defensores da causa? Jamais!
E
o pior, a proposta da PEC contraria ainda a “cláusula pétrea” da Constituição
Federal. Ou seja: não poderia ser implantada nem pela via da emenda
constitucional, já que o tratamento legal da questão estaria entre os pilares
da atual ordem jurídica brasileira.
Portanto,
somente uma nova Constituição, ou uma revisão constitucional ampla,
possibilitaria punir criminalmente menores de 18 anos.
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