Manifestantes que estavam acampados há mais de 24 horas em frente à Prefeitura de Juruti, tentaram invadir o órgão na tarde desta quarta-feira (14) e promoveram tumulto. Durante a confusão, vidros do órgão municipal foram quebrados e cinco pessoas ficaram feridas com os estilhaços.
Segundo o advogado Dilton Tapajós, que defende a Associação de Comunidades da Região de Juruti Velho (Acorjuve), uma das entidades que lideram a manifestação, a polícia impediu a entrada dos manifestantes com bombas de efeito moral e balas de borracha. “A polícia estava armada. Ela jogou bombas de efeito moral, usou balas de borracha”, relata Tapajós.
A Prefeitura de Juruti, por meio da assessoria de comunicação, informou que na terça, após a solicitação de representantes do movimento, ficou agendada uma reunião entre a comissão formada por 10 pessoas e o prefeito Marco Aurélio, para às 9h desta quarta-feira.
O advogado explica que a manifestação deveria terminar nesta quarta porque o prefeito de Juruti, Marco Aurélio Dolzanes, havia garantido uma reunião. “Mas ele ficou protelando e não recebeu o povo. Eles dormiram aqui na frente da prefeitura hoje”, completa.A Prefeitura de Juruti, por meio da assessoria de comunicação, informou que na terça, após a solicitação de representantes do movimento, ficou agendada uma reunião entre a comissão formada por 10 pessoas e o prefeito Marco Aurélio, para às 9h desta quarta-feira.
O hospital de Juruti informou que as cinco pessoas que foram atingidas pelos estilhaços de vidro passam bem. Apenas um paciente que teve ferimentos profundos, mas após procedimentos está estável.
A manifestação iniciou na manhã de terça-feira (13). A maioria dos participantes é da comunidade de Juruti Velho. Eles se dizem insatisfeitos com a falta de transporte escolar, pedem o pagamento de servidores públicos e a presença de mais médicos nas unidades de saúde e hospitais. O prefeito de Juruti disse que o movimento que organizou a manifestação é político e está organizando os manifestos para desviar o foco de uma investigação onde a Acorjuve é alvo. Dolzanes garantiu que o transporte escolar e o pagamento de professores estão regularizados. Quanto à reivindicação de falta de médicos, o prefeito disse que a região conta com 15 médicos que conseguem atender a demanda.
Prefeitura de Juruti
A nota enfatiza que, já acampados em frente ao prédio da prefeitura, os manifestantes decidiram não reunir em comissão, e exigiram que o prefeito atendesse todos, mas a prefeitura se negou, pois segundo ela, não seria o correto, uma vez que toda manifestação deve ter uma comissão representativa.
A assessoria esclareceu ainda que, na manhã desta quarta, o prefeito criou uma equipe de negociação que tentou várias intervenções, inclusive aumentar o número de representantes de 10 para 20, e que Marco Aurélio os atenderia na prefeitura ou na Câmara Municipal, mas a proposta foi negada pela comissão. Enquanto o governo municipal aguardava os líderes do movimento repensarem a proposta, foi surpreendido com os manifestantes depredando o prédio da prefeitura. Segundo a nota, o tumulto obrigou a polícia a agir, impedindo, assim, que o prédio fosse totalmente tomado pelos manifestantes, que dispersaram e, em seguida, em maior quantidade, saíram pelas ruas tentando depredar demais prédios públicos.
A Policia Militar permanece nas ruas para garantir a segurança, inclusive dos manifestantes.
Fonte G1 Santarém
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