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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mais uma travessura do meu amigo Alailson... rsrsrs

Acompanhe a narração de mais um causo do meu amigo Alailson:

Sempre fui conhecido pelos colegas de mesa de bar pelos causos que gosto de contar para fazê-los rir. Pois é, ontem nasceu mais um desses causos.
Ontem, chegava da pelada de final de tarde e minha mulher me esperava num mercadinho próximo à Praça do Júlia Passarinho, na Prainha. Cheguei com um amigo e fiquei em frente ao estabelecimento a conversar e trocar bazofias.

Sem camisa e ainda de chuteira e meião, estava de costas para a entrada do comércio, de onde se avistava o caixa.

Após dez minutos, o empacotador esbarrou em mim pedindo para que eu corresse, de aparência pálida e tomado pelo desespero, disse-me que o mercado estava sendo assaltado. Virei e vi um homem de capacete rosa e camisa preta, apontado um revólver para a cabeça da proprietária do estabelecimento.

Duas clientes se afastavam e os funcionários corriam. A sensação de impotência tomava conta de mim quando, olhei ao redor e percebi a Praça cheia de pessoas, a maioria estudantes, e resolvi gritar: LADRÃO! LADRÃO!! PEGA LADRÃO!!!

O assaltante saiu rapidamente e se dirigiu a uma motocicleta que estava ao lado do comércio numa rua escura e sem asfalto.

Corri para cima dele. Ele apontou a arma para mim, dando a entender que iria atirar. Recuei e fiquei parado, esperando o estalar do disparo. O ladrão funcionou a moto e fugiu em disparada. Como estava de chuteira, a rua era esburacada e cheia de mato, resolvi correr atrás da moto sempre gritando LADRÃO! LADRÃO!! PEGA LADRÃO!!! Um funcionário do mercadinho veio atrás de mim, fazendo o mesmo. Cerca de cem metros depois, numa curva da rua estreita e ainda completamente escura, o assaltante, com certeza nervoso, descontrolou-se e caiu. Fui para cima dele, que novamente apontou a arma para mim. Dessa vez, recuei e me escondi atrás de um muro. Em questões de segundo, resolvi avançar novamente e o assaltante pulava o muro de uma casa. Ao mesmo tempo já falava ao celular com o pessoal do CIOP, quase sem voz.

No local, o assaltante deixou a moto e um capacete. Fui até a casa pela rua da frente, que também era um comércio, e informei que o bandido se abrigava naquele quintal. Um senhor tratou de sacar um terçado, desses ‘rabo de galo’, e seguiu para dentro de sua casa. Nesse instante, sua filha retornava chorando e nervosa. O bandido tentou entrar pela porta da cozinha, mas ela a fechou antes. Então, ele pulou o muro do vizinho.

Nesse instante, a polícia chega: um carro do Tático. Eles iniciaram a caçada e, logo mais, outros policiais deram suporte. O quarteirão foi cercado e casas revistadas, mas nada foi encontrado. Vale ressaltar que alguns moradores dificultaram o trabalho da polícia.

Retornei ao mercadinho, já a 200 metros distantes, para pegar minhas compras. A moto era roubada e o dono chegou na hora ao ser localizado pela polícia. Tinha sido roubado próximo a Dom Frederico com a Elinaldo Barbosa.

Ao retornar, recebi elogios, mas também fui chamado de doido. Aí pensei que poderia ter levado uma bala. Poderia, mas não levei. Na hora a gente se sente impotente, mas também me sentir revoltado vendo aquela cena tão perto de mim.

O ato de correr foi puro instinto. Mas não me peça para fazer novamente. Não sei como corri tanto.

O bom foi que a moto foi recuperada, pois outros assaltos poderiam ser realizados com ela.

Apesar dos pesares, fica a dica: Nunca reaja a um assalto.

Um comentário:

  1. Sua atitude foi muito louvavel e de heroismo, graças a DEUS que tudo ocorreu bem e ninguem se machucou. mas vale sempre ressaltar que nunca devemos reagir a um assalto, ja que vimos todos os dias as maiores atrocidades pelo ato de coragem.
    Parabens.

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