O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia,
Márcio Zemmermann, afastou hoje (2) a possibilidade de adoção de racionamento
de energia no Brasil até o ano que vem. Ele negou também que vá faltar
energia durante a Copa do Mundo, que começa no dia 12 deste mês. Segundo
Zimmermann, o país tem condições climáticas que permitem descartar a medida
neste período.
Ele disse que estudos técnicos mostram que, pelo atual quadro, os
riscos trabalhados hoje no país descartam qualquer hipótese de racionamento. O
secretário destacou que um acompanhamento feito mensalmente mostra uma boa
reação do sistema às baixas vazões de janeiro e fevereiro.Para ele, o fato de haver equilíbrio estrutural permite garantir que a demanda do país vai ser atendida. “Vamos continuar acompanhando com atenção, mas isso nos dá a tranquilidade de que o sistema brasileiro vai atender à sociedade tanto neste ano quanto no ano que vem, dentro daquilo que ele foi planejado. Nós não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento, porque, tecnicamente, não há indicativo de que estejamos trabalhando com riscos muito acima daquilo que o sistema é planejado”, reforçou.
“A tendência é ter melhorado o desempenho a partir do momento em que se afasta daquele evento extremo que foi janeiro e fevereiro e o sistema vai entrando em normalidade. Vai-se aproximando da próxima estação chuvosa e, ao mesmo tempo, os patamares de vazões, que se tem dado, são bem melhores do que os que ocorreram em janeiro e fevereiro”, esclareceu.
Zimmermann explicou que o setor elétrico tem um sistema
programado para trabalhar com um certo nível de riscos e que, quando existe
equilíbrio e um bom número de usinas e de linhas, há tranquilidade de aguentar,
como está acontecendo neste momento, uma situação hidrológica desfavorável.
"Estamos trabalhando com um nível de risco que nos permite dizer isso [que
não vai haver racionamento]."
De acordo com o secretário, no modelo usado pelo
Brasil, em condições hidrológicas piores, uma situação de seca implica,
naturalmente, ter, quando se trabalha em curto prazo, preços mais altos para o
consumidor. Zimmermann ponderou, no entanto, que os riscos estão diminuindo com
as perspectivas de maior volume de chuvas até o fim do ano.
O secretário descartou a possibilidade de falta de
energia durante a Copa do Mundo, que vai do dia 12 deste mês a 13 de julho
lembrando que o desempenho do setor melhorou nos últimos três meses. “Em março,
abril e maio, o sistema melhorou. Então, estamos com tranquilidade e não
falamos neste mês [junho]. Falamos, na verdade, em final de 2015. Até lá, o
suprimento está garantido para aquilo que o sistema foi planejado.”
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