O
debate aconteceu na manhã desta terça-feira, 13/06, entre vereadores e
representantes de unidades de saúde, do Conselho Municipal de Saúde e de
profissionais da área que atuam no município.
Entre
proposições e críticas, a saúde pública tem sido alvo constante dos
pronunciamentos dos parlamentares, e nesta terça-feira, 13/06, foi
realizada uma Tribuna Livre para discutir o assunto. Proposta por
requerimento por Alysson Pontes (PSD), a sessão serviu para levantar
questões que têm ganhado cada vez mais repercussão e vozes como a
superlotação do Hospital Municipal, a falta de medicamentos nas unidades
básicas de saúde e no HMS, além do impasse do atendimento a pacientes
vindos de outros municípios da região Oeste do Estado. Pontes enfatizou:
“nós precisamos discutir o atual modelo de gestão de saúde pública do
nosso município. Desse debate sairão encaminhamentos para que possamos
tomar atitudes”.
HRBA
– O diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas Heberth Moreschi
ressaltou que o atendimento regionalizado que recai sobre o HMS é um
problema que precisa ser solucionado. Ele sugeriu que haja uma política
mais incisiva nos municípios vizinhos para melhorar e ampliar o
atendimento em saúde em cada localidade.
Segundo
Moreschi, o grande gargalo da superlotação seriam os acidentes de
trânsito. “Isso pela imprudência, pelo uso abusivo do álcool, pelo não
cumprimento da legislação de trânsito. A saúde coletiva começa com uma
ação individual”, dispara.
A
respeito do serviço de hemodiálise, sobre o qual a Comissão de Saúde da
Câmara e a Secretaria Municipal de Saúde convergem de ser coberto
plenamente pelo Estado, ele informou que está sendo estudada a
possibilidade de ampliação do atendimento no HRBA, uma vez que a unidade
já o realiza, com a aquisição de máquinas e abertura de vagas que sejam
suficientes para atender toda a região.
HMS – O
principal ponto abordado com o diretor do HMS Celso Alves foi acerca da
provável licitação que a Prefeitura poderá abrir para a contração de
uma Organização de Saúde (OS) para administrar o hospital e a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA). “Isso é uma alternativa que o prefeito [Nélio
Aguiar] encontrou como já vem acontecendo em alguns municípios como
podemos citar municípios do Mato Grosso. Esta ideia seria para otimizar
os serviços dentro do Hospital Municipal”, explica.
Conselho Municipal de Saúde – A
ideia não foi bem recebida pelo conselho. A informação foi repassada
pela vice-presidente da entidade Gracivane Moura. “Quando o gestor
[prefeito Nélio] propõe contratar uma empresa terceirizada tanto para a
UPA quanto para o Hospital Municipal, ele está assinando a sua
incompetência de não poder gerir este município”. Ela adiantou que o
conselho solicitará à Câmara a realização de uma audiência pública para
discutir a demanda.
Ainda
sobre o assunto, a ASCOM/CÂMARA instigou o diretor do HRBA a expor a
opinião dele, uma vez que a unidade é gerida por uma OS, a Pró-Saúde,
desde que começou a funcionar em Santarém. Didático, Moreschi esclareceu
que não se trata de ‘privatização’ como se tem ouvido dizer desde que o
prefeito Nélio Aguiar anunciou a ideia, em uma coletiva de imprensa
realizada na tarde da última segunda-feira (12/06), no plenarinho da
Casa. Segundo o gestor do regional, trata-se da “contratação através de
um processo licitatório de uma entidade especializada em fazer gestão, e
que assumiria a gestão do Hospital Municipal e da UPA, mas o patrimônio
continua sendo público e o controle continua sendo do município”.
Por Jefferson Santos – Jornalista da ASCOM/CÂMARA
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