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terça-feira, 13 de junho de 2017

Câmara discute situação da saúde pública em Santarém

O debate aconteceu na manhã desta terça-feira, 13/06, entre vereadores e representantes de unidades de saúde, do Conselho Municipal de Saúde e de profissionais da área que atuam no município.
 
Entre proposições e críticas, a saúde pública tem sido alvo constante dos pronunciamentos dos parlamentares, e nesta terça-feira, 13/06, foi realizada uma Tribuna Livre para discutir o assunto. Proposta por requerimento por Alysson Pontes (PSD), a sessão serviu para levantar questões que têm ganhado cada vez mais repercussão e vozes como a superlotação do Hospital Municipal, a falta de medicamentos nas unidades básicas de saúde e no HMS, além do impasse do atendimento a pacientes vindos de outros municípios da região Oeste do Estado. Pontes enfatizou: “nós precisamos discutir o atual modelo de gestão de saúde pública do nosso município. Desse debate sairão encaminhamentos para que possamos tomar atitudes”.  
HRBA – O diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas Heberth Moreschi ressaltou que o atendimento regionalizado que recai sobre o HMS é um problema que precisa ser solucionado. Ele sugeriu que haja uma política mais incisiva nos municípios vizinhos para melhorar e ampliar o atendimento em saúde em cada localidade.
Segundo Moreschi, o grande gargalo da superlotação seriam os acidentes de trânsito. “Isso pela imprudência, pelo uso abusivo do álcool, pelo não cumprimento da legislação de trânsito. A saúde coletiva começa com uma ação individual”, dispara.  
A respeito do serviço de hemodiálise, sobre o qual a Comissão de Saúde da Câmara e a Secretaria Municipal de Saúde convergem de ser coberto plenamente pelo Estado, ele informou que está sendo estudada a possibilidade de ampliação do atendimento no HRBA, uma vez que a unidade já o realiza, com a aquisição de máquinas e abertura de vagas que sejam suficientes para atender toda a região.
HMS – O principal ponto abordado com o diretor do HMS Celso Alves foi acerca da provável licitação que a Prefeitura poderá abrir para a contração de uma Organização de Saúde (OS) para administrar o hospital e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Isso é uma alternativa que o prefeito [Nélio Aguiar] encontrou como já vem acontecendo em alguns municípios como podemos citar municípios do Mato Grosso. Esta ideia seria para otimizar os serviços dentro do Hospital Municipal”, explica.    
Conselho Municipal de Saúde – A ideia não foi bem recebida pelo conselho. A informação foi repassada pela vice-presidente da entidade Gracivane Moura. “Quando o gestor [prefeito Nélio] propõe contratar uma empresa terceirizada tanto para a UPA quanto para o Hospital Municipal, ele está assinando a sua incompetência de não poder gerir este município”. Ela adiantou que o conselho solicitará à Câmara a realização de uma audiência pública para discutir a demanda.
Ainda sobre o assunto, a ASCOM/CÂMARA instigou o diretor do HRBA a expor a opinião dele, uma vez que a unidade é gerida por uma OS, a Pró-Saúde, desde que começou a funcionar em Santarém. Didático, Moreschi esclareceu que não se trata de ‘privatização’ como se tem ouvido dizer desde que o prefeito Nélio Aguiar anunciou a ideia, em uma coletiva de imprensa realizada na tarde da última segunda-feira (12/06), no plenarinho da Casa. Segundo o gestor do regional, trata-se da “contratação através de um processo licitatório de uma entidade especializada em fazer gestão, e que assumiria a gestão do Hospital Municipal e da UPA, mas o patrimônio continua sendo público e o controle continua sendo do município”.  
Por Jefferson Santos – Jornalista da ASCOM/CÂMARA

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