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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Jatene ganha terreno na disputa interna do PSDB


Tucanos partidários da candidatura de Simão Jatene ao governo do Estado admitem que as entrevistas que ele concedeu no final de semana aos jornais de Belém fazem parte da estratégia de “botar o bloco na rua” para unir o partido em torno de um nome e assim garantir o anúncio do candidato ainda neste ano.

Como a decisão já foi adiada três vezes, poucas lideranças se arriscam a falar em novas datas, mas alguns otimistas acreditam que a novela poderá chegar ao capítulo final ainda em novembro.
Na reunião com a cúpula da Executiva Nacional em Brasília, na semana passada, Jatene explicitou o desejo de ir para a disputa ao governo e repetiu que não poderia retirar a candidatura porque ela “havia sido forjada dentro do partido”, e que portanto não pertenceria a ele.
Defensor da candidatura de Jatene, o deputado federal Wandenkolk Gonçalves contou que, durante o encontro, Almir sugeriu que Jatene concorresse ao Senado, mas este recusou sob o mesmo argumento de que não era essa a vontade do partido. “Isso (candidatura ao Senado) nunca foi proposta para o Jatene”, explicou.
No encontro, o antecessor de Ana Júlia Carepa, teria lançado um desafio: caso Almir Gabriel viesse ao Pará convencer os partidários de que ele deveria deixar a disputa, este acataria a decisão. Nesse momento surgiu então o impasse.
“O Mário (o senador Mário Couto) pode retirar a candidatura dele, o Almir (o ex-governador Almir Gabriel) pode, mas o Jatene não porque ele não decidiu isso sozinho”, diz o jatenista Wandenkolk, contando que a candidatura de Jatene foi decidida há dois anos a pedido de deputados, prefeitos e dos chamados “históricos do partido” - técnicos que não têm cargos eletivos, mas fazem parte dos fundadores da legenda no Pará e ainda têm grande influência sobre as decisões do PSDB paraense.
De acordo com Wandenkolk, Jatene veio de Brasília com duas missões: a primeira, reunir o máximo de tucanos em torno de seu nome, e a segunda, iniciar as negociações com possíveis aliados.
Realizadas as duas tarefas, deverá voltar a Brasília para ser sagrado candidato. Pelo menos é o que garante o deputado federal.
Diário do Pará

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