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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vereador garante apoio aos professores do SOME

A última sessão especial realizada pela Câmara de Santarém, este ano, foi bastante participativa. Na pauta de discussão um ponto ganhou destaque: as precárias condições enfrentadas pelos professores do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), principalmente no interior do município de Santarém. A sessão solicitada pelo vereador Dayan Serique (PPS), resultou num envolvimento maior entre os parlamentares santarenos que ratificaram total apoio para ajudar no processo de aprovação da Lei do SOME. Uma das lutas dos trabalhadores da rede estadual de ensino, que atuam no Ensino Modular é para que o SOME seja oficializado, por meio de Lei Específica, que deverá ser enviada pelo governo, para apreciação e aprovação da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), como orienta o Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR). 
O SOME foi implantado, na região Oeste do Pará, em 1991 para atender os estudantes das comunidades de São José, Vila do Arapixuna, Vila do Aritapera, Boim, Alter do Chão e as sedes dos municípios de Belterra e Aveiro.
Segundo o coordenador do Sistema em Santarém, Luis Rabelo, os professores querem que seja novamente firmado o convênio entre o Estado e os municípios, para um melhor funcionamento do Sistema de Organização Modular de Ensino nas comunidades. “A luta pela efetivação dos convênios já vem se arrastando há mais de dez anos. O pior é que parte das responsabilidades listadas no documento, acabaram sendo repassadas para as comunidades, que não conseguem cumpri-las, com um mínimo de condições”, lamentou o coordenador. Além da moradia, a questão de transporte também tem deixado a desejar. Os riscos de morte, tanto por via terrestre e fluvial, já que em muitas comunidades são usados barcos como meios de transporte, tem aumentado a preocupação dos professores, principalmente por conta das condições apresentadas.
O diretor da 5ª. Unidade Regional de Educação (URE), Dirceu Amoedo, reconheceu a situação dos professores e disse que está tomando providências para reverter o quadro. Ele afirmou que algumas comunidades, já foram visitadas por técnicos da URE que, inclusive, acompanhou o dia a dia dos profissionais do ensino regular. “Realmente foram constatadas irrregularidades, mas a gente já está tomando providências”, garantiu.
O deputado estadual José Maria (PT), que acompanhou a sessão parabenizou o vereador Dayan Serique pela iniciativa de realizar uma sessão tão importante para o município e recomendou que outros municípios também organizem debates deste nível para potencializar a educação no Pará.
O autor da sessão especial, vereador Dayan Serique, lamentou que num mundo globalizado ainda seja difícil fazer educação, principalmente na zona rural. Ele aproveitou para elogiar os professores pelo papel que desempenham, mesmo com as grandes dificuldades. “Os professores aceitaram o desafio e cumprem o papel direitinho, cabe aos governantes, também, fazer cumprir com suas obrigações que é de oferecer condições para que trabalho não seja prejudicado”, disse o vereador.
O vereador aproveitou a ocasião para reafirmar o interesse que tem em ver a interiorização do ensino superior. “Nós queremos que as universidades públicas também possam levar até a zona rural (várzea e planalto) cursos de graduação, para que as pessoas atendidas no ensino modular tenham oportunidade, tão logo, se formem, de ingressar na faculdade”, acrescentou, reforçando que é preciso democratizar o conhecimento.
Dayan Serique disse ainda que os atuais vereadores tem se envolvido bastante na educação do município, por isso, a expectativa é grande para que os interesses dos professores do SOME sejam aceitos pelo governo do Estado.
Por: Núbia Pereira

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