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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Idesp realizará estudo sobre divisão do Estado

A realização do plebiscito sobre a divisão territorial do Pará motiva o debate dos aspectos socioeconômicos, ambientais, demográficos, institucionais e de novos cenários. Nesse contexto, o Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp) coordena os estudos sobre a divisão do Estado, com o objetivo de produzir informações, atendendo a uma demanda de Governo. A primeira reunião de trabalho foi realizada nesta segunda-feira, dia 20, na sede do Idesp.
“Ainda não há um estudo conclusivo que relacione o patrimônio natural do Estado – seja de biodiversidade, hídrico, florestal e mineral – e o que essa dinâmica significa em benefícios para as populações do território dividido, afirma a presidente do Idesp, Adelina Braglia. Os professores Roberto Corrêa e Gilberto Miranda Rocha, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Carlos Augusto da Silva Souza, da Universidade da Amazônia (Unama), foram convidados para a elaboração desse levantamento, considerando o conhecimento técnico e a dedicação científica que têm dado ao tema. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), que possuem termo de cooperação técnica com o Idesp, integrarão a coordenação do estudo.
Serão levantadas produções científicas sobre o assunto, que irão subsidiar o estudo. Algumas delas já estão disponíveis à consulta pública no site do Idesp – ww.idesp.pa.gov.br, cedidas pelos pesquisadores envolvidos no projeto. O plebiscito será realizado até o final deste ano e permitirá aos paraenses decidirem sobre a criação ou não de dois novos Estados – Tapajós e Carajás.
A divisão territorial e política do Pará já foi pauta da Revista de Estudos Paraenses, publicação do Idesp, que em 2008 contemplou artigos de conceituados pesquisadores paraenses na coletânea “A divisão geopolítica e as políticas de integração regional na dinâmica populacional do Pará”.
Não há estimativas de impactos, mas um conjunto de indicadores, reunidos na publicação ”Retrato da Divisão do Estado”, mostra que o Pará ficaria com 56% do Produto Interno Bruto (PIB), Carajás com 33% e Tapajós com 11%. No comportamento da balança comercial, em 2010, no cenário da divisão do estado, tem-se a distribuição: US$ 9.242 bilhões no Carajás, US$ 2.830 bilhões no Pará e US$ 596 milhões no Tapajós.
Yvana Crizanto - Ascom Idesp

2 comentários:

  1. Carajás recorre ao STF para votar somente a região que será emancipada.


    SANTARÉM SEDIA ENCONTRO HISTORICO PRÓ TAPAJÓS

    Santarém – Contando com a maioria dos prefeitos dos municípios que formam o futuro estado do Tapajós e entre esses vereadores de diversos municípios além de deputados Estadual e Federal, ocorreu neste dia 24, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Santarém o encontro dos entes envolvidos com o movimento pró Tapajós. Na ordem do dia, além da reformulação do Estatuto que da nova denominação ao movimento (Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós- ICPET), norteou diretrizes de luta e o organograma funcional e operacional da entidade.

    Fez a apresentação do encontro o Deputado Federal Lira Maia, exortando aos presentes que a luta é de todos, e que nesse interim deve ser preterido vaidades e desejos pessoais, e sim o objetivo geral que é a luta pelo SIM no plebiscito vindouro, acrescentou que não deve ser colocado em discussão ou comentários pretensões de municípios em sediar a futura capital já que a luta que deverá ser travada é a garantia pela emancipação. Disse que na esfera federal temeu que o projeto coletivo do Oeste do Pará não lograsse êxito, e exultou em contentamento quando foi referendado a decisão para a realização do plebiscito.

    Reportou-se em seguida o professor Edvaldo Bernardo que conduz e dirige os assuntos pertinentes pró Tapajós, desde o inicio, que descerrou comentários sobre a forma da eleição que se aproxima e considera que estamos começando nos preparar para que a eleição seja apenas na região ou em todo o estado, disse que Carajás que encontra-se na luta por sua emancipação contratou assessoria jurídica para caso a escolha seja em todo o estado ir até o Supremo para que seja apenas nas áreas de abrangência de Carajás. Ato continuo o Deputado Estadual Alexandre Von ao analisar a composição sugerida para o organograma teceu considerações que deve ser administrada a entidade por um Conselho Gestor composto dos prefeitos e presidente dos Poderes Legislativos, e sobre a luta do povo de Carajás, comentou que mesmo o Tapajós não tendo pensamento de fazer amparo judicial para garantir a eleição somente nos municípios abrangentes, o movimento pró Carajás, contratou assessoria jurídica por R$ 700.000,00 para defender o plebiscito com os municípios vinculados a sua região e se o sim prevalecer a assessoria receberá R$ 2.000.000,00 como honorários.

    Fizeram-se presentes entre ao encontro dentre outras autoridades de destaque, prefeitos de Uruará, Trairão, Prainha, Almeirim, Altamira, assessorias dos prefeitos de Santarém, Jacareacanga, Rurópolis e além de diversos Vereadores de Santarém, representantes camerais de Altamira, Rurópolis, e outros municípios da região do Rio Amazonas e afluentes. Ponto injustificado foi a ausência dos Prefeitos ou seus representantes de Itaituba e Aveiro.

    No organograma funcional Pró Tapajós na direção de condução do Instituto estão todos os prefeitos e presidentes de Camaras, e imediatamente abaixo sendo o diretor do desenvolvimento das ações está o professor Edvaldo Bernardo que comandará ações de controladoria nas áreas de Finanças, contábil, e jurídica tendo o Conselho Gestor a responsabilidade por captação de recursos financeiros, Coordenação politica, Mobilização e Marketing.

    Todos foram unanimes em apelar aos municípios uma luta sem trégua pelo SIM criando seus comitês municipais ensejando apoio das respectivas prefeituras e entes políticos, acordando-se que esse movimento deve ser suprapartidário com todos coesos para pleno êxito.

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  2. Sou nascido em Belém e conheço bem a realidade em especial do Oeste do Pará. Se vocês do "NÃO" morassem lá e tivessem há 1h15min de boing da capital ou 3 dias pendurado numa rede de barco e sem acesso rodoviário seguramente mudariam seu conceito. Como eu há muito mudei o meu. Ver famílias inteiras viajar muitas vezes para Manaus ou Belém em embarcações de 3 a 4 dias buscando assistência médica, inclusive até morrendo no trajeto é algo de partir o coração (Isso quando tem condições de viajar). Pior ainda é buscar oportunidades de trabalho em Manaus e ser rotulado como paraenses bandidos por uma minoria de idiotas (vcs do "NÃO" já devem ter lido algo a respeito!). Sou paraense de coração, inclusive Belenense e nunca deixarei de ser, mas voto SIM pela dignidade daqueles nossos irmãos que ali vivem.

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