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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Jatene retoma obras e anuncia investimentos de R$ 12 milhões em Santarém

Por 16 horas, o governador Simão Jatene cumpriu nesta segunda-feira (20) uma extensa agenda em Santarém, município do oeste paraense, transformado até a próxima quarta-feira (22) em sede administrativa do governo do Estado. Durante o roteiro, o governador assinou convênios, anunciou investimentos, garantiu a continuação de obras que estavam paralisadas, encontrou-se com políticos e líderes comunitários e chegou a quebrar o protocolo da segurança, ao deixar o aeroporto, quando desceu do ônibus para conversar com cerca de 100 trabalhadores sem terra que faziam um protesto na Rodovia Fernando Guilhon.
Nesta terça-feira (21), Jatene se reunirá com prefeitos da região, lançará o Programa Municípios Verdes e anunciará a criação do Centro de Convenções de Santarém, entre outros compromissos.
A manifestação dos sem terra foi feita em nome de 3.500 famílias que reivindicam a criação de um assentamento na área de expansão da cidade. Jatene conversou com os líderes do protesto e comprometeu-se a ajudá-los no processo de regularização de terras. Em 10 minutos, aliviou a tensão e subiu novamente no ônibus, aplaudido pelos manifestantes.
A caravana, integrada por 13 secretários de Estado, parou no estádio Colosso do Tapajós para verificar as obras do Centro Poliesportivo, e seguiu para um canteiro da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), onde autorizou a liberação de recursos para a consolidação do empreendimento, que ampliará a capacidade de captação e distribuição de água, beneficiando 60 mil pessoas.
Compromisso - Na obra da Cosanpa, Jatene concedeu entrevista à imprensa local, ressaltando que estava promovendo, em Santarém, o cumprimento de uma promessa de campanha: levar adiante e terminar todas as obras deixadas pela administração anterior, inclusive as que, por problemas diversos, necessitam ser praticamente refeitas.
O governador também se entusiasmou com a recepção do povo de Santarém, indicando que marcará nova visita ao município Ele anunciou investimentos imediatos de cerca de R$ 12 milhões em infraestrutura, esporte, cultura, saúde e meio ambiente, e falou sobre o Programa Municípios Verdes, ao qual o município aderiu, e não fugiu de temas polêmicos, como a proposta de divisão do Pará com a criação do Estado do Tapajós.
“A aspiração do povo desta região de se tornar um novo Estado da Federação é absolutamente legítima. Eu fui eleito governador do Pará, com votação expressiva em Santarém, tenho um enorme apreço pela cultura, pelos valores e pela gente de Santarém, e respeitarei a decisão que for tomada. Se for para unir, vamos unir. Se for para separar, vamos atender”, acentuou.
“O importante é que todo esse processo se dê dentro da legalidade e que a população seja informada sobre todos os aspectos que envolvem a divisão. Enquanto isso, estamos mostrando que o governo está presente em todas as regiões, com investimentos em todas as áreas, como está previsto na nossa Agenda Mínima”, enfatizou Jatene.
Cooperação - Antes de se encontrar com lideranças políticas e comunitárias da região, no hotel onde está instalado o gabinete de governo, no centro da cidade, Simão Jatene ainda assinou um termo de cooperação com a Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) para a criação do Centro Tecnológico.
No encontro com o reitor da Ufopa, José Seixas Lourenço, o governador reafirmou o compromisso em mudar a realidade do Estado por meio de investimentos em educação. “A Ufopa tem tudo para contribuir de forma decisiva para que se consolide um novo olhar sobre a Amazônia. Um olhar que observe melhor as nossas causas e não os nossos causos”, comparou. “Através do conhecimento, a Universidade do Oeste do Pará está sedimentando talvez o melhor caminho para vencermos esse grande desafio, que é o desenvolvimento sustentável com base num novo modelo de ocupação da região, que não repita os erros do passado”, afirmou.
À noite, o governador participou da solenidade comemorativa aos 350 anos de fundação de Santarém, em que foram entregues medalhas a personalidades do município.
Agência Pará

4 comentários:

  1. É evidente que se trata de uma estratégia para desarticulação o movimento pró Tapajós. Em toda eleição os políticos fazem promessas e nesse caso o plebiscito é o alvo, passado o plebiscito eles voltam a esquecer da região. A oportunidade é unica para emancipar a região. O inimigo número 1 contra a criação do estado de Tapajós acompanha a comitiva do governador. Claro que o ato é político e o governador não quer que o estado se divida e Flexa Ribeiro acompanha essa a comitiva do governador numa clara alusão do governo do Pará estar contra. Será que a população vai cair nessa.

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  2. Governador Jatene disse na chegada em Santarém, ainda no aeroporto, que é a favor do que o povo decidir sobre o Estado do Tapajós, que deve apenas agir como um árbitro, desde que vote todo o estado no plebiscito... a parte interessada em dividir somos nós, vocês pra lá, tem a maioria e inviabilizam a consulta popular, Assim é mesmo que perguntar ao Kadafi se ele quer sair do poder,

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  3. A vinda do governador a Santarém tem dois pontos que merece destaque:
    1- é mais uma vez enganar a população com tantos convenios assinados, visando ludibriar a população que que não é necessário criar o Estado do Tapajós;
    2-Consolidar a ditadura do Seixas na UFOPA. O guarda costa Aldo Queiroz está em está em TODAS. É o único que ficou em pé, será qie foi falta de cadeira para ele sentar?

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  4. Algumas palavras sobre o movimento pela criação do estado do Tapajós.
    Por :Jonivaldo Sanches (*) – Enviado para o E-mail do blog

    A criação do estado do Tapajós cumprirá agora uma etapa muito importante para efetivação do processo que envolve o tema: a realização do plebiscito já está autorizada pelo parlamento e está faltando apenas a regulação pelo poder judiciário, a marcação da data e o exercício do sufrágio nas urnas.

    Entendo que o sufrágio deve ocorrer em todo o estado do Pará, em que pesem opiniões em contrário. Sendo assim, reputo de salutar a importância a mobilização da populações envolvidas divulgando-se as razões pelas quais se endente imprescindível a criação dos novos estado, em especial, para a região oeste, a criação do Estado do Tapajós.

    O pleito dar-se-á na lógica dos discursos do jogo de soma zero. Nesses termos, os adversários do desmembramentos do Tapajós e Carajás trabalharão com argumentos tendentes a demonstrar que, se vencedoras as demandas pela criação desses novos Estados, o Pará remanescentes (como vem sendo chamado) chamado perderá exatamente aquilo que ganharem os Estados a serem criados. Isso verdade? Cremos e temos argumentos para demonstrar o contrário. Porém, sem adentrar no mérito dessa questão aqui pretendemos demonstrar que, os argumentos a favor da criação dos novos estados (em particular o Tapajós) devem ser articulados, coordenados e difundidos junto á populações a fim de se criar uma consciência em defesa do Estado.

    Argumentos não faltam. Porém, as lideranças locais envolvidas na articulação no movimento parecem estar demorando a realizar esse trabalho. O prejuízo pode ser grande. Realizando-se o pleito no Estado todo, sem argumentos sólidos e articulados em torno do tema, o discurso contrário (soma zero) pode colar aliado a argumentos ufanistas de um Pará grande (só em tamanho territorial) e maioria do eleitorado concentrado na Zona metropolitana paraense pode derrubar um sonho histórico, o qual nesse momento tem de ser sonhado acordado, com pragmatismo sob pena de uma chance igualmente histórica ser perdida.

    Em suma falta, coordenação de pré-campanha (aliás falta a pré-campanha), falta articulação em torno de um discurso unificado e mais aprouche do movimento junto à população dos municípios. Esse último personagem – a população – decidirá.

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