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sexta-feira, 11 de março de 2011

Novas máquinas de hemodiálise serão instaladas em todo o Estado

A expansão do serviço de hemodiálise em vários municípios polos, com implantação de máquinas para o tratamento, deverá reduzir a fila de espera de pacientes, atualmente 283, que sofrem com insuficiência renal crônica. Foi o que garantiu nesta quinta-feira (10) a secretária adjunta de Saúde Pública, Rosemary Góes, que também integra a Câmara Técnica de Nefrologia do Estado, responsável pela implantação do Plano Estadual de Nefrologia. Ela informou o número de máquinas que serão instaladas em sete municípios paraenses, incluindo a capital.
Altamira, Redenção e Santarém terão, cada um, mais 12 máquinas, que serão instaladas nos Hospitais Regionais. Em Ananindeua serão mais 20; mesmo número que Ulianópolis terá a partir de junho, e Belém receberá mais 50 equipamentos de hemodiálise, sendo 20 no setor de Pediatria da Santa Casa e mais 30 no Hospital da Polícia Militar, que estava desativado desde o ano passado. "Acreditamos que com essa expansão vamos praticamente zerar a fila de espera", frisou Rosemary Góes.
Para Belina Soares, diretora da Associação de Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA), entre as dificuldades que o paciente renal crônico enfrenta está a falta de regularização dos medicamentos de alto custo, oferecidos pelo Ministério da Saúde. "Nós temos cerca de 1.500 pacientes que precisam dessa medicação, mas a que é disponibilizada não é suficiente para atender essa demanda", informou. Outros entraves citados por Belina Soares foram a falta do transporte social e o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), além da ausência de leitos em hospital de retaguarda.
Carlos Genú, 53 anos, paciente renal crônico há cinco, ressaltou os incômodos do tratamento de hemodiálise, agravado pela hepatite C, que contraiu há alguns anos. Ele, que faz hemodiálise em uma sala especial, conta que no início do tratamento morava no município de Canaã dos Carajás (sul do Pará) e percorria 300 quilômetros de automóvel até Marabá para as sessões, que duravam quatro horas.
"A gente sai da máquina sem condições de andar direito, com a pressão arterial alterada, fora a perda de peso. Eu, por exemplo, perco três quilos por sessão, às vezes até mais que isso. Saio tonto e sinto muita câimbra, antes, durante e depois da sessão", contou o paciente, que faz o tratamento pelo plano de saúde.
"A pior coisa da hemodiálise é ver pessoas com deficiência física ou com dificuldades financeiras até para comprar a alimentação, pois a doença nos obriga a uma dieta especial, e nem sempre essas pessoas têm essa condição. Por isso levo sempre alimentos para doar e ajudar quem vem de longe e sai cedo de casa para fazer a hemodiálise", acrescentou Carlos Genú, que deixou de trabalhar depois de iniciar o tratamento.
Na manhã desta sexta-feira (11), o governador Simão Jatene anunciará a expansão do serviço de hemodiálise em todo o Estado, durante coletiva no Hospital de Clínicas Gaspar Vianna.

Um comentário:

  1. Helenilson és a estrela do Oeste que brilla em Belém, és a nossa voz, confiamos em você! Parabéns

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